quarta-feira, 31 de março de 2010

A Resposta

Desolada mulher desprendeu-se da Terra e achou-se à frente de Jesus, suplicando:
– Senhor, compadece-te de mim! O mundo me atormenta e a vida fez-me escrava...
–Tenho um filho que incessantemente me fere o coração...
–Esperei-o com os melhores sonhos, embalei-o nos braços... Entretanto, encontro nele o meu suplício.
–Por que isso, Amado Amigo? por que tanto sofrimento em troca de tamanha abnegação?

O Eterno Benfeitor acariciou-lhe a cabeça dolorida e explicou:
– Filha, só o amor pode educar os filhos de Deus. Que seria do tronco se a terra não o suportasse ou do ninho sem que a ramada lhe resguardasse a esperança?

– Mas, Senhor, e comigo?!...
–Quem teria colocado em meus braços semelhante martírio? quem talvez, por engano, terá situado em meu peito esse filho difícil e indiferente, acreditando que o meu amor de mulher ignorante e frágil conseguisse educá-lo?

Foi então, com grande surpresa, que a pobre mãe escutou de Jesus estas simples palavras: –

– Minha filha, fui eu.

Do livro Amizade de Francisco Cândido Xavier pelo espírito Meimei