quarta-feira, 28 de abril de 2010

Conquista Íntima

Todos os estados enfermiços da alma se assemelham, no fundo, aos estados enfermiços do corpo, solicitando remédio adequado que lhes patrocine a cura.
E a impaciência que tantas vezes gera rixas inúteis é um deles, pedindo o específico da calma que a desterre do mundo íntimo.

Como, porém, obter a serenidade, quando somos impulsivos por vocação ou por hábito?

Justo lembrar que assim como nos acomodamos, obedientes, para ouvir o professor trazido a ensinar-nos, é forçoso igualmente assentar a emotividade, na carteira do raciocínio, a fim de educá-la, educando-nos; e, aplicando os princípios de fraternidade e de amor que abraçamos, convidaremos os nossos próprios sentidos à necessária renovação.

Feito isso, perceberemos que todo instante de turvação ou desequilíbrio, é instrumento de teste para avaliação de nosso próprio aproveitamento.

Aprenderemos, por fim, que, diante da crítica, estamos convocados à demonstração de benevolência; diante da censura, é preciso exercer a bondade; à frente do pessimismo, somos induzidos a cultivar a esperança; ante a condenação, somos indicados à bênção; e que, renteando com quaisquer aparências do mal, é imperioso pensar no bem, dispondo-nos a servi-lo.

Entregando-nos com sinceridade a semelhantes exercícios de compreensão e tolerância, estaremos em aula profícua, para a aquisição de valores eternos no terreno do espírito.

É assim que, em matéria de paciência, se a paciência nos foge, urge reconhecer que, perante as circunstâncias mais constrangedoras da vida, estamos, todos nós, no justo momento de conquistá-la.

Emmanuel
Psicografado por Chico Xavier, livro- Rumo Certo

terça-feira, 20 de abril de 2010

Tudo é Amor

Observa, amigo, em como do amor tudo provém e no amor tudo se resume.

Vida - é o Amor existencial.
Razão - é o Amor que pondera.
Estudo - é o Amor que analisa.
Ciência - é o Amor que investiga.
Filosofia - é o Amor que pensa.
Religião - é o Amor que busca Deus.
Verdade- é o Amor que se eterniza.
Ideal - é o Amor que se eleva.
Fé - é o Amor que se transcende.
Esperança - é o Amor que sonha.
Caridade - é o Amor que auxilia.
Fraternidade - é o Amor que se expande.
Sacrifício - é o Amor que se esforça.
Renúncia - é o Amor que se depura.
Simpatia - é o Amor que sorri.
Altruísmo - é o Amor que se engrandece.
Trabalho - é o Amor que constrói.
Indiferença - é o Amor que se esconde.
Desespero - é o Amor que se desgoverna.
Paixão - é o Amor que se desequilibra.
Ciúme - é o Amor que se desvaira.
Egoísmo - é o Amor que se animaliza.
Orgulho - é o Amor que enlouquece.
Sensualismo - é o Amor que se envenena.
Vaidade - é o Amor que se embriaga.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente.
Tudo é Amor.
Não deixes de amar nobremente.
Respeita, no entanto, a pergunta, que te faz, a cada instante, a Lei Divina: "Como?"

André Luiz , psicografado por Chico Xavier

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Acredite na força do seu Trabalho

Se você procura solução adequada ao seu problema, não olvide o grande remédio do Trabalho,
doador de infinitos recursos, em favor do progresso do Homem e da Humanidade.

Seu cérebro vive cheio de perguntas?
Trabalhe e o serviço conferir-lhe-á respostas exatas.

Suas mãos permanecem paralisadas pelo desânimo?
Insista no trabalho e o movimento voltará.

Seus braços jazem fatigados?
Confie-se ao esforço novamente e a ação simbolizará para eles o lubrificante preciso.

Seu coração vive pesaroso e sem luz?
Procure agir no bem incessante e a alegria ser-lhe-á precioso salário.

Seus ideais encontraram sombra e gelo no grande caminho da vida?
Dê seu concurso às boas obras sem desfalecer e claridades novas brilharão no céu de seus pensamentos.

A parada que não significa descanso construtivo para recomeçar as atividades úteis é alguma coisa semelhante à morte.

Todos os males da retaguarda podem surpreender aquele que não avança.
Mas se você acredita no poder do Trabalho, aceitando o serviço aos semelhantes, por norma de viver em paz, na obediência a Deus, o seu espírito terá penetrado realmente o verdadeiro caminho da salvação.

André Luíz- Psicografado por Chico Xavier
(Endereços de Paz, 30, F.C.X., edição C.E.U)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Especial 100 anos de Chico Xavier -1/4

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Olho por olho e dente por dente

"Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: Não resistais ao perverso; mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pede, e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes."
Mateus 5, 38-42:

Estamos vivendo em meio à mais desenfreada violência.
Ligamos a TV e somos praticamente bombardeados com notícias totalmente sangrentas.
Os mais variados e absurdos tipos de violência nos são expostos pela mídia como se fossem simples itens do cardápio de um grande restaurante.
Isso acontece tanto na imprensa falada quanto na escrita.
E para coroar toda essa onda, quando vamos ao cinema, estes nos trazem altíssimas doses de cenas verdadeiramente apocalípticas.
Tudo versa sobre violência. É o que dá Ibope. É o que vende rápido.
Infelizmente. Mas com graves consequências.
Violência que acaba rendendo mais violência, pois de tanto sermos expostos a ela, acabamos
nos tornando imunes, apáticos e insensíveis a quase tudo.
Viramos zumbis robotizados.
Somos capazes de tomar o nosso café da manhã ouvindo as "últimas sangrentas notícias" e sequer percebemos o quanto este alimento nos desce envenenado.
Mas não somos inocentes.
Sabemos o que fazemos bem como as consequências de todos os nossos atos.
A Ciência moderna já consegue entender que o pensamento é força criadora e portanto, temos que ser mais responsáveis.
Se pensamos mal, acabamos agindo mal também.
E na medida em que nos "ligamos" aos milhares de outros pensamentos, sintonizados na mesma onda mental que a nossa, acabamos ajudando a construir verdadeiros monstros à nossa volta.
Estamos por assim dizer, ajudando a alimentar esta onda de violência na mesma proporção em que dela nos alimentamos.
Sim, todas as vezes em que assistimos aos noticiários dessas TVs que vendem tragédias ou quando lemos livros que nos fazem criar imagens mentais violentas, ou quando assistimos a um filme cujo único propósito é nos inundar com cenas extremamente pesadas e violentas, nos tornamos cúmplices também.
E mesmo nas nossas pequenas atitudes, que por conta da pressa da vida, que deixamos de prestar atenção.
Se prestarmos a atenção em todas as vezes que pegamos os nossos carros e nos transformamos em criaturas agressivas e violentas, que xingam e se irritam por absolutamente qualquer coisa, poderemos perceber no quanto estamos nos tornando cúmplices dessa violência coletiva também.
Ou até mesmo quando incentivamos os nossos filhos a "não trazer desaforo para casa".
Se esqueço que o simples sorriso pode mudar o dia de quem o recebe.
Ou do quanto um singelo "Desculpe" pode transformar um mal-entendido.
Somos cristãos mas não entendemos nada sobre sermos cristãos.
Queremos abrir nossos caminhos na força, na marra.
E não admitimos perder nenhuma briga, afinal isso pode significar fraquesa.
Mas eu digo que sou "cristão".
Como posso eu amar justamente aquele que acabou de me dar um cheque sem fundo?
Ou como posso não desejar o pior para aquela pessoa que tanto me prejudicou no trabalho?
E pior ainda, como não querer que aquela criatura que está na mídia por ter cometido um crime hediondo não seja condenada à morte?
Há dois mil anos, ouvimos ensinamentos tão importantes que se fossem seguidos realmente, nos levariam à verdadeira felicidade. Felicidade que não era desse mundo.
O que nos confunde é o fato de acharmos que a Terra é nosso ponto final.
E não é.
Fazemos apenas pequenos estágios por aqui.
É nossa Escola de progresso.
Para outros é Hospital para curas difíceis.
E ainda para outros, é Presídio, onde vivem confinados dentro de corpos que são verdadeiras celas lacradas.
Mas acreditem, a Terra NUNCA foi nem NUNCA será colônia de férias ou hotel de luxo, embora muitos assim acreditem.
Precisamos compreender que aquele a quem hoje chamamos de besta-fera amanhã terá que se levantar, trabalhar, progredir e ser chamado de homem.
E ele o fará.
Tal é a Lei.
Necessitamos entender que penas de morte são apenas fantasias.
O espírito é Eterno.
E aquela criatura cuja vida foi ceifada se transformará em possível obssessor.
Voltar a outra face a quem lhe bate, sofrer prejuízos sem reclamar é condição do homem muito evoluído.
Para o homem comum, cuja grande maioria somos nós, já é um grande avanço não devolvermos o mal recebido. É sinal de estarmos na direção correta. De que estamos caminhando.
É claro que nem sempre conseguimos perdoar, mas sabemos que iremos, um dia.
Huberto Rohden, no seu livro, "Sermão da Montanha", coloca o ensinamento de Jesus a nível coletivo, de nações, e de sociedades constituídas.
Sem o perdão, não haverá paz nunca.
Se não entendermos que o nosso inimigo de hoje poderá ser nosso filho amanhã, jamais caminharemos.
E jamais seremos felizes.
Rohden fala, ainda, sobre a matemática absurda de Moisés: se alguém me furar um olho ou quebrar um dente, eu devo furar-lhe um olho e quebrar-lhe um dente para que fique quite.
Está errado: um negativo dele, mais um negativo meu, somam dois negativos.
Isto quer dizer que criamos dois males no mundo.
E mais: cada ofensa exige uma outra, e assim vamos piorando o mundo.
Jesus ensina que o negativo (mal) só se anula com o positivo (bom).
Mahatma Gandhi, justamente por ser uma grande alma, compreendeu e praticou admiravelmente essa matemática espiritual do Cristo, dando à não resistência o nome sanscrito de ahimsa.
Discorrendo sobre a caridade, Jesus aconselhou que uma das nossas mãos não soubesse o que fazia a outra.
Fala da ação caridosa discreta, sem exibicionismo, sem humilhar o beneficiado, sem manchetes de jornais.
Jesus nos ensina que não devemos exigir, nem esperar agradecimentos ou reconhecimentos.
Devemos fazer e esquecer que fizemos. Assim não teremos decepções.
Contudo, por nossa vez precisamos aprender a ser gratos quando somos beneficiados, pois, quem não sabe agradecer, acaba sendo esquecido pela vida.
Precisamos aprender a nos acalmar.
Encontrar dentro de nós o nosso "oásis".
A prece é nosso caminho.
Ela nos conduz até nosso Pai e nos alimenta e fortifica o espírito.
E quando oramos, elevamos os nossos pensamentos até as Esferas Superiores e consequentemente entramos em sintonia com as milhares de mentes que se encontram naquela mesma faixa vibratória e então, em perfeita sintonia, conseguimos entender, ainda que pálidamente, o verdadeiro significado da palavra Amor.
Sejamos melhores então.
Comecemos dentro de nós primeiro.
Em cada pequeno gesto.
Em cada singela palavra dirigida a quem quer que seja.
E a cada vez que assim fizermos, sentiremos dentro de nós o bem-estar que apenas as boas atitudes conseguem nos dar.

Que Jesus nos guie sempre!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Peso de uma Prece

Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém. Se aproximou do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos.
Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.
O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento.
Pensando na necessidade da sua família ela implorou:
- Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver...
Ele respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja. Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia a conversa entre os dois se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família por sua conta.
Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher:
- Você tem uma lista de mantimentos?
- Sim - respondeu ela.
- Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos.
A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança.
Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo.
Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado:
- Eu não posso acreditar!
O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança.
Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada.
O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido...
Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia:
- Meu Senhor, o senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em suas mãos...
O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém.
O freguês pagou a conta e disse:
- Valeu cada centavo...
Só mais tarde o comerciante pôde reparar que a balança havia quebrado, entretanto só Deus sabe o quanto pesa uma prece...
Texto de autoria desconhecida

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Cem anos de Amor

O que dizer de alguém cuja simples presença causava a mais profunda emoção em todos que o cercavam?
O que dizer de alguém cujas palavras sempre foram suaves e cheias de amor e repletas de ensinamentos?
O que falar daquele sorriso que brotava tímido nos lábios e que a todos mostrava com extrema bondade que era preciso seguir em frente, trabalhando, melhorando, crescendo.
Eu me lembro a primeira vez que o vi pessoalmente.
Me lembro da explosão de sentimentos que me vinham à alma.
Da sensação de imenso respeito que eu sentia diante daquele homem franzino e de aparência tão frágil.
Da superioridade que aquela alma simples emanava, alma que de tão humilde, me fazia sentir pequena e tão imperfeita.
Me lembro daquela luz tão forte que era emanada por ele durante os instantes em que ele ali psicografava, diante de uma multidão que simplesmente sorvia cada gesto, cada momento com o mais absoluto respeito.
Me recordo de ter pensado que naquele instante mágico, eu estava ali, respirando o mesmo ar que ele respirava e dava graças à Jesus por aquela oportunidade.
Eu fechava os olhos e sentia as lágrimas que desciam sem controle sobre a minha face e que nada mais eram do que pura emoção que me envolvia a alma .
E após a leitura de todas as mensagens por ele psicografadas, cansado que estava, ainda se dedicou a abraçar, sorrir, atender a muitos que conseguiram mais perto dele chegar.
Chico querido, homem cujo coração era grande o bastante para dentro conseguir colocar todas as criaturas da Terra.
E me lembro da ternura e do afeto em que ele depositava no beijo que derramava nas mãos que se estendiam em sua direção.
Chico era puro amor.
Puro afeto.
Pura caridade.
O que dizer que já não foi dito?
Só posso dizer:
-Muito Obrigada, Chico querido por todas as suas lições, por todos os seus exemplos, por toda a sua obra.
-Feliz Aniversário!

Com muito Amor de todos nós encarnados e desencarnados

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Viver Agora

Este é o teu momento de viver intensamente a realidade da vida.
Desnecessário recordar que, agora, o teu momento presente é relevante para a aquisição dos bens inestimáveis para o Espírito eterno.
Há muito desperdício de tempo, que se aplica nas considerações do passado como em torno das ansiedades do futuro.
A tomada de consciência é um trabalho de atualidade, de valorização das horas, de realização constante.
A vida é para ser vivida agora.
Postergar experiências, significa prejuízo em crescimento na economia da vida.
Antecipar ocorrências, representa precipitação de fatos que, talvez, não sucederão, conforme agora, tomam curso.
As emoções canalizadas em relação ao passado ou ao futuro dissipam ou gastam a energia vital, que deve ser utilizada na ação do momento.
Se vives recordando o passado ou ansiando pelo futuro, perdes a contribuição do presente, praticamente nada reservando para hoje.
O momento atual é a vida, que resulta das atividades pretéritas e elabora o programa do porvir.
Encoraja-te a viver hoje, sentindo cada instante e valorizando-o mediante a consciência das bênçãos que se encontram à tua disposição.
A vida é um sublime dom de Deus.
Naturalmente, quando recebes um presente de alguém, sentes o desejo irrefreável de agradecer, de louvar, de bendizer.
Desse modo, agradece a Deus, o sublime legado, que é a tua vida, por Ele concedido.
Vive, jubilosamente, hoje, sejam quais forem as circunstâncias em que se te apresente a existência.
Se o instante é de aflição, resigna-te, agindo corretamente, e estarás produzindo para o futuro que te chegará com paz.
Se o momento é de gozo, recorda-te dos padecentes à tua volta e reparte alegria, ampliando o círculo de ventura.
Quem despertou para a superior finalidade da vida, vive-a, a cada momento, vivendo-a principalmente agora.


Joanna de Ângelis -psicografia de Divaldo Pereira Franco

Extraída do Livro Alegria de Viver