terça-feira, 25 de maio de 2010

Tenha paciência comigo


Tenha paciência comigo e compreenda:
Quando eu derramar comida sobre a minha roupa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e se lembre de todas as horas que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
E eu sempre mantive meu sorriso.
Se quando você for conversar comigo, eu repetir as mesmas palavras  e as mesmas estórias de sempre,  e por tabela, você souber de sobra como terminam todos os meus casos, por favor, não me interrompa e me escute.
Quando você era pequenina, para que dormisse, tive que te contar milhares de vezes a mesma estória até que fechasse os olhinhos. 
E eu saia do quarto sorrindo.
Quando estivermos reunidos e sem querer fizer minhas necessidades por acidente, não fique com vergonha e compreeenda que não tenho a culpo disto, pois algumas coisas em meu corpo mudaram muito e já não as consigo controlar muito bem.
Pensa em quantas vezes, quando você ainda era uma menina pequena, eu te ajudei e estive pacientemente a seu lado esperando que terminasse o que estava fazendo.
E eu sempre sorria enquanto trocava você.
Não me reproves se por acaso em alguns dias, por não me sentir muito bem, me sinto totalmente desanimada e não queira tomar banho.
Eu te suplico que não me chame a atenção por isto, nem me chame de nada.
Lembre-se dos momentos que te persegui e os mil pretextos que inventava para tornar mais agradável o seu banhinho.
E sempre ri muito com tudo isso.
Quando me ver meio inútil e ignorante frente a todas as coisas ultra-modernas que nem sempre conseguirei  usar, te peço encarecidamente que me dê todo o tempo necessário para que eu tente entender e se eu não conseguir, por favor, não me machuque ainda mais, dando um sorriso sarcástico.
Lembre-se que fui eu quem te ensinou muitas coisas em sua vida.
E eu sempre sorri com alegria e orgulho com os seus pequenos progressos.
Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem com você  faz, são produto de meu esforço e perseverança. 
E sempre fiquei feliz te vendo aprender.
Quando em algum momento, enquanto conversamos eu chegue a me esquecer do que estávamos falando, me dê todo o tempo necessário até que eu me lembre, e se não puder fazê-lo, não fique impaciente comigo.
Talvez não fosse muito importante o que eu falava e a única coisa que eu queria de verdade, era estar ao seu lado, compartilhando mais um momento entre mãe e filha.
Se alguma vez eu disser que não quero comer, não insista por favor.
Sei quando posso e quando não devo.
Também compreenda que com o tempo já não tenho meus prórpios dentes para morder e que por isso nem sempre consigo sentir o gosto daquilo que como.
Lembra que quando você era pequena, muitas vezes me pedia para deixar a comida no prato e eu sorria e te dizia: "Mas então você vai ter que comer tudo mais tarde".
Quando minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, me dá a segurança da tua mão terna para me apoiar, como eu o fiz quando começou a caminhar com suas perninhas ainda vacilantes.
E caminhávamos as duas, contentes e felizes, e eu sabia que logo, logo você estaria correndo pela vida afora.
Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver mais e que só quero morrer, não se sinta ofendia ou entediada, achando que eu estou apenas tentando chamar a tua atenção.
Algum dia entenderás que isto não tem a ver com teu carinho ou o quanto infinitamente eu te amei.

Homenagem à Tia Hortência

Texto de autor desconhecido.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Chá da Meia-noite

Acontece algumas vezes comigo:
Aplico o passe magnético em moribundos.
Pouco depois, exalam a último suspiro.
Pois é!  Morrem!
Companheiros dizem que meu passe é “o chá da meia noite” – remete o degustador para o Além.
– Se eu estiver mal, não chamem o Richard! – advertem.
Brincadeiras à parte, há a velha questão, envolvendo o doente terminal,
convocado às etéreas plagas, bilhete em mãos, pronto para o embarque.
É possível apressar a partida, usando recursos como o passe magnético?
O folclore do sertão nos diz que sim, apresentando-nos a figura do “ajudador”.
Trata-se de alguém especializado na “incelência”, o empenho de convencer o moribundo a soltar-se.
O “ajudador” emprega, em seu mister, cantos, ritos e rezas especiais.
O passe magnético, aplicado em clima de contrição, com evocação da proteção divina, é eficiente “incelência”, a favorecer a ação de benfeitores espirituais que assistem os desencarnantes.
Geralmente, o paciente terminal tende a agarrar-se ao corpo depauperado, prolongando a agonia. Devemos conversar com ele, ao aplicarmos o magnetismo, procurando faze-lo sentir que não está só, que há o amparo espiritual, que seus sofrimentos terão fim, que a vida continua...
Na medida em que consigamos dar-lhe alguma segurança, ele se soltará mais facilmente, e o desencarne acontecerá sem delongas, facilitando a ação dos benfeitores espirituais.
O problema maior dos que partem são os que ficam.
Os familiares, não raro em desespero, cercam o leito, em ardentes orações, implorando a complacência divina. Não conseguem encarar a separação.
Em nenhuma outra situação se evidenciam, de forma tão dramática, nossas velhas tendências egocêntricas. Todos pensam em si, na sua perda pessoal.
Esquecem o enfermo, em quem pesam os anos e as dores, para o qual a morte será abençoada libertação. Produzem a chamada “teia de retenção”. Sustentam, magneticamente, com sua inconformação, o moribundo. Não evitam a morte. Prolongam a agonia.
O paciente, que poderia libertar-se em alguns minutos, levará horas, ou dias, em sofrimentos desnecessários. Há exemplos variados, envolvendo pessoas ilustres.
Não obstante seu valor, experimentam agonia prolongada, em face da “teia de retenção”, sustentada por milhares de beneficiários de sua generosidade. Isso porque eles não conseguem encarar com serenidade o retorno do benfeitor à vida espiritual.
Nesses casos, os “ajudadores” do Além costumam usar interessante recurso:
Promovem, com passes magnéticos, uma recuperação artificial do paciente.
Melhora, recobra a lucidez, revela promissora recuperação.
Os retentores suspiram, aliviados, relaxam, vão descansar…
Os mentores espirituais aproveitam a pausa na “teia de retenção”, e em breves momentos o moribundo exala o último suspiro. Muitos se revoltam:
– Pensávamos que Deus ouvira nossas orações! Ele nos enganou…
Certa feita, conversei com um médico, pertencente à equipe dos “anjos do asfalto”, que atende acidentados, na Via Dutra, eixo Rio-São Paulo.
Comentou que são comuns ocorrências dessa natureza.
O paciente com traumatismo craniano, “mais para lá do que para cá”, resiste enquanto há familiares e amigos por perto, em correntes de oração, a vibrarem em favor de sua recuperação.
Com o passar do tempo, o pessoal vai se afastando. Ficam apenas os mais chegados. De repente, o paciente parece melhorar. Os familiares respiram, aliviados, relaxando a vigília. Então ocorre a morte. Essa situação repete-se com tanta freqüência que o povo costuma dizer:
– Foi a melhora da morte. Melhorou para morrer!
Isso mesmo!
Melhorou para afastar familiares que estavam retardando o passageiro do Além.
Com a Doutrina Espírita aprendemos ser “ajudadores”, jamais “retentores”.
Exercitamos a “incelência” ideal, que nos habilita a enfrentar com serenidade os desafios da Terra e as dúvidas do Além:
A oração e a submissão à vontade de Deus.

Autor: Richard Simonetti, Livro: Para Rir e Refletir

terça-feira, 11 de maio de 2010

Eles estão Vivos

Ainda quando não reconheças de pronto semelhante verdade,
eles te vêem e te escutam!
Quanto possível, seguem-te os passos,
compartilhando-te problemas e aflições!
Compadece-te dos que te precederam na Grande Renovação!

Aqueles que viste partir de mãos desfalecentes nas tuas,
doando-te os derradeiros pensamentos terrestres através dos
olhos fitos nos teus, não estão mortos.
Entraram em novas dimensões de existência,
mas prosseguem de coração vinculado ao teu coração.
Sentem o teu afeto e agradecem-te a lembrança,
no entanto, quase sempre se escoram em tua fé,
buscando em ti a força para a restauração espiritual que demandam.

Muitos deles, ainda, inadaptados
à vida diferente que são compelidos a facear,
pedem serenidade em tua coragem e apoio em teu amor...
Outros muitos jazem mergulhados na bruma da saudade,
detidos na sede de reencontro, ante as requisições continuadas
dos teus pensamentos de angústia.

Outros muitos não te esquecem:
Aqueles que se despediram de ti, depois de longa existência,
abençoando-te a vida.
Os que amastes, indicando-lhes o caminho para as esferas superiores.
Os que levantastes para luz da esperança e aqueles outros
que socorrestes um dia, com o ósculo da amizade e da beneficência.
Todos te agradecem, estendendo-te os braços no sentido de te auxiliar
a transpor as estradas que ainda te cabem percorrer.

Auxilia aos entes queridos na Espiritualidade,
afim de que te possam auxiliar!
Se lhes recorda a presença e o carinho,
preenche o vazio que te impuseram à alma,
abraçando o trabalho que terão deixado por fazer.

Seja a voz que lhes reconforte...
Compadece-te dos entes queridos que te antecederam na
Grande Libertação.
Ora, porque a dor é fonte de energias renovadoras por dentro do coração,
mas chora trabalhando e servindo, auxiliando e amando sempre.
E deixa que os corações amados, hoje no Mais Além,
te enxuguem as lágrimas, inspirando-te ação e renovação,
porque, no futuro, tê-los-ás a todos, positivamente contigo,
nas alegrias do Novo Despertar.

EMMANUEL- Psicografia de Chico Xavier, “Caminhos de Volta”

domingo, 9 de maio de 2010

Novo Trailer de Nosso Lar

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Aborto, pense nisso!

Infanticídio execrável, o aborto delituoso é covarde processo de que se utilizam os Espíritos fracos para desfazerem-se da responsabilidade, incidindo em grave delito de que não se poderão exonerar com facilidade.

Não obstante, em alguns países, na atualidade, o aborto sem causa justa - e como causa justa devemos considerar o aborto terapêutico, mediante cuja interferência médica se objetiva a salvação da vida orgânica da gestante - se encontre legalizado, produzindo inesperada estatística de alto índice, perante as leis naturais que regem a vida, continua sendo atentado criminoso contra um ser que se não pode defender, constituindo, por isso mesmo, dos mais nefandos atos de agressão à criatura humana ...

Defensores insensatos do aborto delituoso costumam alegar que nos primeiros meses nada existe, olvidando, que, em verdade, o tempo da fecundação é de somenos importância ...

A vida humana, em processo de crescimento, merece o mais alto respeito, desde que, com a sucessão dos dias, o feto estará transformado no homem ou na mulher, que tem direito à oportunidade da experiência carnal, por impositivo divino.

A ninguém é concedida a faculdade de interromper o fenômeno da vida, sem assumir penoso compromisso de que não se liberará sem pesado ônus ...

Nenhum processo reencarnatório resulta da incidência casual de fatores que impelem os gametas à fecundação extemporânea. Se assim fora, resultaria permissível ao homem aceitar ou não a conjuntura.

Alega-se, também, que é medida salutar a legalização do aborto, em considerando que a sua prática criminosa é tão relevante, que a medida tornada aceita evita a morte de muitas mulheres temerosas que, em se negando maternidade, se entregam a mãos inescrupulosas e caracteres sórdidos, que agem sem os cuidados necessários à preservação da saúde e da vida ...

Um crime, todavia, de maneira alguma justifica a sua legalização fazendo que desapareçam as razões do que o tornavam prática ilícita.

A vida é patrimônio divino que não pode ser levianaamente malbaratado.

Desde que os homens se permitem a comunhão carnal é justo que se submetam ao tributo da responsabilidade do ato livremente aceito.

Toda ação que se pratica gera naturais reações que gravitam em torno do seu autor.

Examinando-se ainda a problemática do aborto legal, as leis são benignas quando a fecundação decorre da violência pelo estupro ...
Mesmo em tal caso, a expulsão do feto, pelo processo abortivo, de maneira nenhuma repara os danos já ocorridos ...

Não raro, o Espírito que chega ao dorido regaço materno, através de circunstância tão ingrata, se transforma em floração de bênção sobre a cruz de agonias em que o coração feminil se esfacelou ...

A renúncia a si mesmo pela salvação de outra vida concede incomparáveis recursos de redenção para quem se tornou vítima da insidiosa trama do destino ...
Sucede, porém, que o sofredor inocente de agora está ressarcindo dívida, ascendendo pela rota da abnegação e do sacrifício aos páramos da felicidade.
Não ocorrem incidentes que estabeleçam nos quadros das Leis Divinas injustiça em relação a uns e exceção para com outros.

O aborto, portanto, mesmo quando aceito e tornado legal nos estatutos humanos fere, violentamente, as leis divinas, continuando crime para quem o pratica ou a ele se permite submeter.
Legalizado, torna-se aceito, embora continue não moral.

Retomará à tentativa de recomeço na Terra o Espírito que foi impedido de renascer.
Talvez em circunstância mais grave para a abortista se dê o reencontro com aquele de quem gostaria de se libertar.

Vinculados por compromissos de inadiável regularização, imantam-se reciprocamente, dando início, quando o amor não os felicita, a longos processos de alienações cruéis e enfermidades outras de etiologia mui complexa.
 Atende, assim, a vida, sob qualquer modalidade que se te manifeste.

No que diz respeito à porta libertadora da reencarrnação, eleva-te, mediante a concessão da oportunidade aos espíritos que te buscam, confiando em Deus, o Autor da Criação, mantendo a certeza de que se as aves dos céus e as flores do campo recebem carinhoso cuidado, mais valem os homens, não estando, portanto, à mercê do abandono ou da ausência dos socorros divinos.

Nada que abone ou escuse o homem pela prática do aborto delituoso, apesar do desvario moral que avassala a Terra e desnorteia as criaturas.
Todo filho é empréstimo sagrado que deve ser valorizado e melhorado pelo cinzel do amor dos pais, para oportuna devolução ao Genitor Celeste.

Não adies a tua elevação espiritual através da criminosa ação do aborto, mesmo que as dificuldads e aflições sejam o piso por onde seguem os teus pés. Toda ascensão impõe o encargo do sacrifício.
O topo da subida, porém, responde com paz e beleza aos empecilhos que se sucedem na jornada.
Chegarás à honra da paz, após a consciência liberada dos débitos e das culpas.
 Matar, nunca !


Joanna de Ângelis- Livro: Após a Tempestade - Aborto Delituoso - Psicografado por Divaldo P. Franco