quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Os Porteiros do Mundo

Você já se deu conta da importância daqueles que recebem os espíritos recém-chegados à Terra pelas portas da reencarnação?
Sim, falamos dos profissionais que realizam partos e seguram o bebê antes mesmo do que a própria mãe.
Há casos belíssimos e emocionantes contados por esses missionários que poderíamos chamar de "porteiros do mundo".
Um deles é do Dr. Eliezer Berenstein.
Conta ele que, quando era apenas estudante de medicina e preparava-se para fazer psiquiatria, foi encarregado de atender a uma paciente.
Assim que entrou na enfermaria e se apresentou, ela o surpreendeu com uma pergunta:
"O senhor nunca sorri?"
Essa cara amarrada é sinal de algum problema, disse com ar descontraído.
"Estou bem, obrigado".
A senhora é que deve estar com algum problema e, por isso, vim examiná-la", disse o futuro psiquiatra, já levantando o lençol e o avental que a cobriam".
"É recém-formado?, insistiu a enferma.
Por que? Perguntou preocupado.
É que estou nua, a porta está aberta e eu sou uma freira.
"Bem, mas não se preocupe com isso", insistiu o estudante para a irmã Madalena.
"Já fui parteira aqui neste hospital. Convivi com muitos médicos e sei reconhecer um bom profissional."
"O senhor será um ótimo parteiro".
O jovem médico corrigiu-a:
"Eu não vou fazer partos, serei psiquiatra e, agora, vou lhe dar um remedinho".
"O senhor tem mesmo um remédio para mim?
Os médicos já me desenganaram, meu tumor cresceu demais..."
Diz o doutor Berenstein que as palavras e o comportamento daquela freira o viraram do avesso.
No dia seguinte tirou a barba, que o deixava parecido com Freud, e decidiu que seria parteiro.
E quando foi contar a novidade à irmã Madalena, ela, com simplicidade e sabedoria, continuou a lhe dar grandes lições.
"O senhor tem mãos tanto para dar adeus quanto para dizer olá".
E tenha muito carinho com o primeiro parto que fizer, porque serei eu que estarei voltando".
Conta o doutor Berenstein que alguns tempo depois de formado fez seu primeiro parto.
Irmã Madalena já havia falecido.
Diz ele que chorou mais do que a criança, que era uma menina e acabou recebendo o nome de Madalena.
Daquele dia em diante ele não teve mais dúvida de que sua missão era ser parteiro.
Um "porteiro do mundo', como dizia a irmã Madalena.
Todo profissional que desempenha seu trabalho com seriedade e dedicação, é um colaborador de Deus.
Seja calejando as mãos na lavoura ou criando sistemas sofisticados de informática; limpando feridas ou construindo edifícios; fazendo a higiene das ruas ou cultivando jardins, todos somos peças importantes dessa grande nave que chamamos terra, e cujo administrador é Deus.

Equipe de Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Casa Queimada

Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano. Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.

Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas arvores e com muito esforço conseguiu construir uma casinha para ele. Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.
Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca. Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:
"Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar todinha. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?"
Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:
"Vamos rapaz?"
Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:
"Vamos rapaz, nós viemos te buscar".
Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?"
"Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante."
Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus entes queridos.
Quantas vezes nossa "casa se queima" e nós gritamos como aquele homem gritou? Em Romanos 8:28 lemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus.
Às vezes, é muito difícil aceitar isto, mas é assim mesmo. É preciso crer e confiar!

Autor desconhecido

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

História de um Pão

Quando Barsabás, o tirano, demandou o reino da morte, buscou debalde reintegrar-se no grande palácio que lhe servira de residência.
A viúva, alegando infinita mágoa, desfizera-se da moradia, vendendo-Ihe os adornos.
Viu ele, então, baixelas e candelabros, telas e jarrões, tapetes e perfumes, jóias e relíquias, sob o martelo do leiloeiro, enquanto os filhos querelavam no tribunal, disputando a melhor parte da herança.
Ninguém lhe lembrava o nome, desde que não fosse para reclamar o ouro e a prata que doara a mordomos distintos.
E porque na memória de semelhantes amigos ele não passava, agora, de sombra, tentou o interesse afetivo de companheiros outros da infância...
Todavia, entre eles encontrou simplesmente a recordação dos próprios atos de malquerença e de usura.
Barsabás, entregou-se as lágrimas de tal modo, que a sombra lhe embargou, por fim, a visão, arrojando-o nas trevas.
Vagueou por muito tempo no nevoeiro, entre vozes acusadoras, até que um dia aprendeu a pedir na oração, e, como se a rogativa lhe servisse de bússola, embora caminhasse às escuras, eis que, de súbito, se lhe extingue a cegueira e ele vê, diante de seus passos, um santuário sublime, faiscante de luzes.
Milhões de estrelas e pétalas fulgurantes povoavam-no em todas as direções.
Barsabás, sem perceber, alcançara a Casa das Preces de Louvor, nas faixas inferiores do firmamento.
Não obstante deslumbrado, chorou, impulsivo, ante o Ministro Espiritual que o aguardava diante do pórtico.
Após ouvi-lo, generoso, o funcionário angélico falou sereno:
- Barsabás, cada fragmento luminoso que contemplas é uma prece de gratidão que subiu da Terra ...
- Ai de mim - soluçou o desventurado - eu jamais fiz o bem...
- Em verdade - prosseguiu a informante -, trazes contigo, em grandes sinais, o pranto e o sangue dos doentes e das viúvas, dos velhinhos e órfãos indefesos que despojaste, nos teus dias de invigilância e de crueldade; entretanto, tens aqui, em teu crédito, uma oração de louvor...
E apontou-lhe acanhada estrela, que brilhava a feição de pequenino disco solar.
- Há trinta e dois anos - disse, ainda, o instrutor -, deste um pão a uma criança e essa criança te agradeceu, em prece ao Senhor da Vida.
Chorando de alegria e consultando velhas lembranças, Barsabás perguntou:
- Jonakim, o enjeitado?
- Sim, ele mesmo - confirmou a missionário divino. - Segue a claridade do pão que deste, um dia, por amor, e livrar-te-ás, em definitivo, do sofrimento nas trevas.
E Barsabás acompanhou o tênue raio que se desprendia daquela gota estelar mas, em vez de elevar-se às Alturas, encontrou-se numa carpintaria humilde da própria Terra.
Um homem calejado aí refletia, manobrando a enxó em pesado lenho...
Era Jonakim, aos quarenta de idade.
Como se estivessem os dois ligados através daquele doce fio de luz, Barsabás abraçou-se a ele, qual viajante abatido, de volta ao calor do lar... (...)
Decorrido um ano, Jonakim, o carpinteiro, ostentava, sorridente, nos braços, mais um filhinho, cujos louros cabelos emolduravam belos olhos azuis.
Com a benção de um pão dado a um menino triste, por espírito de amor puro, conquistara Barsabás, diante das Leis Eternas, o prêmio de renascer para redimir-se.

Chico Xavier- Da obra: O Espírito da Verdade. Ditado pelo Espírito Irmão X

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

IMPACIÊNCIA

Assunto importante nas áreas da paciência> a cura da impaciência que freqüentemente alimentamos a detrimento de nós próprios.
Se somarmos os dias e os minutos que sacamos nos créditos do tempo, a fim de acalentar irritação contra nós mesmos, verificaremos que o desespero manifesto ou imanifesto se nos erige na existência em fator de dilapidação, desencadeando enfermidade ou desequilíbrio, desastre ou morte prematura.
E não só no setor de prejuízo pessoal que o tema nos merece reflexão.
A intemperança mental, ä frente de nossas fraquezas ou desacertos, gera nos outros azedume ou desânimo, tristeza ou prevenção, estragando-lhes a vida.
Nas horas que nos conscientizamos, acerca dos erros que nos sejam próprios, acalmemo-nos para pensar, ao invés de lastimar-nos sem proveito.
Registrar as nossas falhas, diligenciando saná-las ou suprimi-las, de vez que, menosprezando responsabilidades e compromissos, menosprezamos a nós mesmos.
Devemos examinar-nos com paciência e coragem que nos induzam a melhoria.
Teremos errado, fracassado, destruído recursos ou sofrido ilusões e desilusões.
Queixa inútil ou autopiedade, porém, não edificam.
Reconheçamos com sinceridade os obstáculos, mutilações morais, conflitos e deficiências que ainda nos caracterizam o modo de ser o que comente nos fazem cair no chão do arrependimento.
Entretanto, não nos permitamos permanecer estirados em angústia vazia e, sim, compreendendo os tesouros do tempo de que a Divina Providência nos enriqueceu, procuremos reerguer-nos, trabalhar, corrigir-nos e burilar-nos, tantas vezes quantas se nos façam necessárias, porque a impaciência, de qualquer modo, de nada nos serve e nem ajuda a ninguém.
Emmanuel, psicografia de Chico Xavier

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A grande transição

Opera-se, na Terra neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.
O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral.
Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.
Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as consequencias dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predipondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.
Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação, de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.
Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.
Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desíginios divinos.
Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes que estimulem ao avanço e à felicidade.
Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.
Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.
A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os no abismos da violência e da sensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.
Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...
A turbolência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.
... Mas esses ocorrências são apenas o começo da grande tranformação.
A fatalidade da existência humana e a conquista do amor que proporciona plenitude
Há, em toda a parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.
A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega de maneira espontânea, gerando lamentáveis consequências, que se avolumam em desaires continuos.
É inevitável a colheita da sementeira por aqueles que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.
Como as leis da vida não podem ser derrogadas, todo objeção que lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.
Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, selo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.
A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.
Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.
Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.
O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.
Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.
Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convição em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.
O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.
São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões. Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.
A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira de como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuidas pelo Sol da imortalidade.
Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.
A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.
As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra. Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição espiritual.
A dor momentânea que o fere, convida-o por outro lado, à observância das necessidades de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.
Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.
Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, do Espírito Joanna de Ângelis, no dia 30 de Julho de 2006, no Rio de Janeiro, RJ. Publicada na revista Presença Espírita, setembro/outubro 2006, Nº 256, páginas 28 e 29

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Os Espíritas e as Eleições

"O Espiritismo não cria a renovação social: A MADUREZA DA HUMANIDADE É QUE FARÁ DESSA RENOVAÇÃO UMA NECESSIDADE. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina para secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento. Surgiu na hora em que podia ser de utilidade, visto que também para ele os tempos são chegados". (in A Gênese, de Allan Kardec - ed. FEB).

Esclarecem os Espíritos, em O Livro dos Espíritos que o progresso moral decorre do progresso intelectual, porém nem sempre a ele se segue (Questão n.º 780).

Nós espíritas sabemos que temos um compromisso intransferível com a reforma íntima: "Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas más inclinações". (Cap. XVII, item 4, "in fine" de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec). Mas, ESSE APERFEIÇOAMENTO PESSOAL DEVE REFLETIR-SE EM NOSSA ATUAÇÃO CONSCIENTE PARA TRANSFORMAR A SOCIEDADE EM UMA SOCIEDADE JUSTA E AMOROSA, pois advertem os Espíritos: "Numa sociedade organizada segundo as leis do Cristo, ninguém deve morrer de fome" e adita Allan Kardec:

"... Quando praticar (o homem) a Lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na solidariedade e ele próprio será melhor". (Questão 930 de O Livro dos Espíritos).

Destaca-se, então, o compromisso do espírita com uma nova ordem social, fundada no Direito e no Amor. Obviamente, essa transformação dependerá da ação consciente dos bons e ao lado deles, os espíritas atuando com uma "consciência política", fundamentada nos princípios éticos das Leis Morais de O Livro dos Espíritos.

Portanto, não pode o espírita alienar-se da sociedade e não agir, com conhecimento e amor, nessa transformação, em importante momento histórico da civilização humana: "Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade". (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XX, item 5º).

Observando a ousadia da maldade e a confusão entre bondade e omissão, Allan Kardec indagou aos Espíritos: "Porque, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?

R - "Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes, os bons são tímidos. QUANDO ESTES O QUISEREM, PREPONDERARÃO". (Questão 932 de O Livro dos Espíritos - Ed. FEB).

A resposta é clara e precisa, não permite dúvidas àqueles que pretendem ser bons.

O mundo e, especificamente, a estrutura social brasileira, está precisando de transformações urgentes para coibir a ação dos maus que solapam os bons costumes, que semeiam a miséria, que se utilizam dos instrumentos da corrupção, da fraude e da mentira para atingirem seus objetivos egoísticos e antiéticos.

Momento significativo para a transformação da sociedade é a realização de eleições para os poderes Legislativo e Executivo. EM BREVE SEREMOS CHAMADOS ÀS URNAS. O ESPÍRITA PRECISA ESTAR CONSCIENTE DA SUA RESPONSABILIDADE NESSE MOMENTO, seja pleiteando cargos eletivos, seja simplesmente depositando o seu voto na urna.

O VOTO É UMA PROCURAÇÃO QUE SE PASSA AO CANDIDATO PARA QUE, SE ELEITO, ELE AJA EM NOSSO NOME A BEM DA COLETIVIDADE. É a maior manifestação de amor ao povo. Não votar, anular o voto, omitir-se é apoiar as forças do mal, é permitir que os maus sobrepujem os bons.

Para que o espírita tenha critérios de avaliação do candidato, compare a sua conduta como membro da família, na atividade profissional, seu interesse e envolvimento como a comunidade e os princípios contidos em O Livro dos Espíritos - 3a. Parte - Das Leis Morais, onde estão os conceitos sobre: o Bem e o Mal, a Sociedade, o Trabalho, o Progresso e a Igualdade, Justiça e Amor.

Porém, não se pode levar as questões político-partidárias para dentro do Centro ou Instituição Espírita.

Vote consciente. Vote com amor!

Aylton Paiva -Texto publicado no Correio Fraterno do ABC nº 357 de Outubro de 2000

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O processo político e nossas responsabilidades

Como ignorar o processo de transição política, na renovação de cargos do governo? Conquistamos o direito das eleições diretas e agora temos a opção de escolha dos candidatos diretamente vinculada ao voto nas urnas.

Mas como agir diante dos quadros gritantes de corrupção e verdadeiro caos de distorções dos objetivos democráticos e da ciência política? Não é preciso reprisar a história, não é mesmo? Nem tampouco falar sobre a autêntica “piada” dos repetidos discursos, dos ataques mútuos, da luta desenfreada pela conquista do poder e dos interesses que movem a paixão política. Ou devermos falar das manipulações de bastidores de candidatos e partidos que perdem a noção da coerência e justiça para convencer o eleitor? Não, não é preciso. É evidente demais e nossa história nacional recente deixou marcas e lesões irreversíveis.

Mas, então, o que fazer? As eleições aí estão. Deveremos, obrigatoriamente, comparecer às urnas. Em quem, afinal, votaremos?

Bom, o voto é direito e dever caracterizado pelo sigilo, embora escancarado nas opções declaradas em adesivos e bandeiras estampadas em carros e residências e na declaração verbal aberta e muitas vezes agressiva que desonram o direito da opção.

Tudo isso, porém, são ocorrências já conhecidas do cotidiano brasileiro. O ponto central que deve ficar marcante para todos nós, eleitores, é a responsabilidade que assumimos com o voto. Sim, claro, colocamos no poder pessoas inescuprulosas, despreparadas, que buscam interesses pessoais a todo custo ou interesses específicos de determinados grupos, em detrimento do interesse coletivo nacional que deve ser o foco principal.

Uma vez conquistado o direito das DIRETAS, assumimos responsabilidade coletiva, com desdobramentos futuros. Nada mais lógico. Tornamo-nos co-responsáveis pelos destinos do país, na legislação, nas ações do governo, pois nosso voto coloca esse ou aquele no poder, que pode gerar verdadeiros desastres econômicos, culturais, sociais e outros que a história já conheceu sobejamente.

Alguém poderia perguntar: mas a responsabilidade do político em si. É ainda mais grave. Agirá e sua ação vai gerar responsabilidades que exigirão reparações caso lesem o patrimônio público, a nacionalidade, os valores culturais e morais da sociedade.

Mas os eleitores também assumimos responsabilidade. E grave responsabilidade!

É preciso agora pensar e refletir, estudar e ponderar os caminhos dos partidos, suas propostas a favor ou contra a vida, dos destinos políticos que desejam impor ao país, dos favorecimentos ilícitos de seus candidatos em sua história política.

O momento, todavia, traz à reflexão o estudo da liberdade. Sim, a liberdade de escolha. Permito-me adaptar, com transcrições parciais, algumas reflexões:

a) Nâo há uma liberdade absoluta porque todos necessitamos uns dos outros;
b) Desde que haja dois seres humanos juntos, eles têm direitos a respeitar e não têm mais, por conseguinte, liberdade absoluta.;
c) Quanto mais inteligência tenha um homem para compreender um princípio, menos é escusável de não aplicá-lo a si mesmo;
d) O homem simples, mas sincero, está mais avançado do que aquele que quer parecer o que não é;
e) O mal é sempre o mal, e todos os sofismas não farão que uma ação má se torne boa;
f) Constranger os homens a agirem de modo contrário ao que pensam, é torná-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso;
g) Quais os sinais para se reconhecer doutrinas com expressão da verdade? Será aquela que faz mais homens de bem e menos hipócritas, porque toda doutrina que tiver por conseqüência semear a desunião e estabelecer divisões de interesses não pode ser senão falsa e perniciosa.

Tais itens, acima enumerados, adaptados em transcrição parcial do capítulo X – Livro Terceiro – Lei de Liberdade, de O Livro dos Espíritos, questões 825 a 872, podem ser estudadas para embasamento do momento político que vivemos no Brasil, para formação dessa consciência do exercício de voto.

E por falar em escolhas, não posso deixar de sugerir ao leitor – até para embasar o estudo da velha questão humana – o romance A Escolha (bem sugestivo o título para esse instante das opções políticas, embora o livro não envolva política nem votos), psicografado por Ariovaldo Cesar Junior e ditado pelo Espírito Florisbela de Assis, numa trama que apresenta os desdobramentos de uma escolha equivocada... Trata exatamente de uma estudante que, para aumentar seus rendimentos, opta pela prostituição. Uma escolha, sem dúvida, determinada pela liberdade individual, tema que nos motivou a presente abordagem, com os desdobramentos que a bela história em si traz ao leitor, com muitos ensinamentos.

Estaremos também nesse momento político do Brasil fazendo escolhas equivocadas? Estaremos prostituindo também o voto como a personagem do livro? OU estamos realmente nos esforçando para exercer o direito e o dever de voto com lealdade à consciência?

São respostas que só podem ser obtidas individualmente.

Texto de Orson Peter Carrara

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Quando a Voz do Povo não é ouvida

Embora todos nós, os que assistimos, gostamos e recomendamos a tantos, tenhamos nos unido e conseguido cerca de 71% do total dos votos apurados, não fomos ouvidos.
Embora tenhamos conseguido ultrapassar a casa dos 3 milhões de pessoas que assistiram, fomos ignorados.
Mas que isso não nos sirva de desânimo.
Colheremos as sementes que plantarmos, tal é a Lei.
E se por livre-arbítreo optarmos por caminhos menos claros e transparentes, com certeza iremos por isso responder. Tal é a Lei.
Sabemos que a nossa voz foi ouvida por nosso Pai Criador.
E que acima de tudo, Sua vontade se fará cumprir. Apesar dos homens.
Por enquanto, aqui com os nossos agradecimentos por todos aqueles que doaram um pedacinho de si ao votarem por Nosso Lar.
E humildimente rogamos ao nosso Pai  Criador e ao nosso amado Mestre Jesus que a todos nós abençoe e ilumine.

Um grande abraço fraterno!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Vamos ao Oscar?

Queridos Amigos e Irmãos:

Imaginemos um futuro melhor para todos nós.
Um mundo onde todos irão poder caminhar lado a lado, sem temermos uns aos outros.
Imaginemos que nesse mundo não iremos ter medo de entregar nossos filhos à vida cotidiana pois teremos a certeza de que os caminhos por eles escolhidos serão sempre os que os irão conduzir à Jesus.
Um mundo onde iremos nos desfazer pouco a pouco do homem velho que há séculos habita o nosso ser e finalmente nos cobriremos com as vestes do homem novo, renovados pelos princípios verdadeiramente cristãos.
Para isso teremos que trabalhar desde já. E o trabalho é urgente e nos chama.
Transformar o mundo é tarefa de todos nós. Temos que ter fé e perseverar sempre.
Servir nessa seara bendita é uma benção divina e temos que agradecer ao nosso Pai por estar nos dando essa oportunidade única, bem como as condições para fazê-lo.
As transformações não irão ocorrer de um dia para o outro.
Teremos que plantar nossas sementes por onde andarmos.
E dividir com todos os que nos cercam as nossas experiências, o nosso conhecimento, a nossa fé verdadeira.
Auxiliar a difundir o Espiritismo é tarefa de todos nós, Espíritas e simpatizantes.
O mundo necessita de mensagens que tragam esperança, que tragam consolo, que tragam alento às suas almas sedentas de fé, de paz, de amor verdadeiro.
Conseguir com que o filme "Nosso Lar" seja indicado para o Oscar seria uma verdadeira benção.
Imaginemos o quanto esse evento iria poder divulgar o "Nosso Lar" mundialmente e consequentemente, imaginemos também o que isso iria poder representar para tantos.
O grande remédio que seria para milhares e milhares de irmãos nossos, que hoje estacionam hipnotizados que muitos estão em grotões profundos da lascívia e da violência pura e simples.
O mundo precisa se curar. E a cura só poderá ocorrer quando nos entregarmos verdadeiramente aos ensinamentos de Jesus.
A jornada é longa. Os caminhos são difíceis e tortuosos mas sob a égide do Mestre Divino, juntaremos nossas forças e chegaremos lá.
Vamos nos unir. Vamos votar para que este filme possa ser visto mundialmente. Que ele possa levar sua mensagem de esperança e de transformação íntima.
E divulgue a nossa campanha.
Plantemos juntos essa Semente de Amor.

http://www.cultura.gov.br/site/2010/09/08/enquete-oscar/

Muito obrigada a todos e que a Paz e a Luz de Jesus nos envolva a todos!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Colônias Espirituais

O homem sempre procurou desvendar os mistérios do Além.
Para onde vão as almas depois da morte? Tudo se acaba no túmulo? Os mortos ressuscitarão para o Juízo Final? O mundo acabará um dia? E as diversas religiões tentam dar respostas, mas estas não satisfazem os anseios da Humanidade.
A revelação sobre a existência de Colônias Espirituais e de como funcionam e se organizam, têm sido constantes e progressivas.
Já em seus primórdios, Mesmer, através da mediunidade de Gabriel Delanne, nos diz que:
"O mundo dos invisíveis é como o vosso; em lugar de ser material e grosseiro, é fluídico, etéreo, da natureza do perispírito, que é o verdadeiro corpo do Espírito, haurido nesses meios moleculares, como o vosso se forma de coisas mais palpáveis, tangíveis, materiais.
O mundo dos Espíritos não é o reflexo do vosso; é o vosso que é uma grosseira e muito imperfeita imagem do reino de além-túmulo.
As relações desses dois mundos existiram sempre. Mas hoje o momento é chegado em que todas essas afinidades vão vos ser reveladas, demonstradas e tornadas palpáveis.
Quando compreenderdes as leis das relações entre os seres fluídicos e aqueles que conheceis, a lei de Deus estará perto de ser posta em execução; porque cada encarnado compreenderá a sua imortalidade, e desse dia se tornará não só um ardente trabalhador da grande causa, mas ainda um digno servidor de suas obras."

Consta que a formação das Colônias Espirituais data de diferentes épocas. O Espírito André Luiz, ao decorrer de suas obras ditadas ao médium Francisco Cândido Xavier, refere-se a várias estações de repouso do Mundo Espiritual. Nosso Lar, por exemplo, foi fundado no século XVI, por portugueses distintos, desencarnados no Brasil. Ainda no mesmo Nosso Lar, há referências à Colônia Socorrista Moradia, como uma das mais antigas, ligada a zonas bem inferiores para atendimento à população do Umbral, assim denominada a região espiritual habitada por espíritos trevosos.
A colônia Nosso Lar divide-se em setores de trabalho, lazer e residenciais, como qualquer grande cidade terrena. É administrada por um Governador Espiritual.
Possui seis Ministérios, orientados, cada um, por 12 Ministros, totalizando assim, 72 Ministros. Os Ministérios de Nosso Lar são: da regeneração, do auxílio, da comunicação, do esclarecimento, da elevação e da união divina. Nosso Lar apresenta em sua planta um formato semelhante a uma grande estrela de seis pontas, ficando a Governadoria ao centro e em cada ramificação lateral a área destinada a cada um dos ministérios. Conta ainda com postos de socorro espiritual espalhados por vários pontos das regiões do Brasil.
Outro exemplo é a Colônia Campo da Paz a que o Espírito André Luiz se reporta no livro Os Mensageiros, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Segundo ele, esta é uma colônia bem próxima da Terra:
Alguns benfeitores, reconhecidos a Jesus, resolveram organizar, em nome dele, uma colônia em plena região inferior, que funcionasse como instituto de socorro imediato aos que são surpreendidos na Crosta com a morte física, em estado de ignorância ou de culpas dolorosas. O projeto mereceu a bênção do Senhor e o
núcleo se criou, há mais de dois séculos.
Em Obreiros da Vida Eterna, também do Espírito André Luiz e psicografado por Francisco Cândido Xavier, é citada a instituição de assistência aos desencarnados Casa Transitória de Fabiano. Em uma de suas viagens de estudo, ele recebeu do instrutor espiritual Jerônimo a informação de que esta colônia
fora fundada pelo Espírito Fabiano de Cristo, devotado servo da Caridade entre antigos religiosos do Rio de Janeiro, desencarnado há muitos anos.
A Colônia Redenção, descrita por Otília Gonçalves. Ela foi uma dedicada trabalhadora do Centro Espírita Caminho da Redenção, fundado pelo médium Divaldo P. Franco, onde administrou a primeira creche dessa instituição. No livro "Além da Morte", psicografado por Divaldo Pereira Franco, conforme declara a autora
espiritual, foi criada no tempo da escravatura (provavelmente no século XVIII), objetivando socorrer escravos desencarnados sob o peso de sofrimentos ou sequiosos de vingança.
O Reverendo George Vale Owen (Vigário de Oxford, no Lancashire, Inglaterra; 1869-1931, após experiências psíquicas, recebeu de Espíritos informações sobre a vida Além-Túmulo), assessorado por sua mãe desencarnada e um grupo de Espíritos, registra, em sua obra A Vida Além do Véu, a existência da Colônia da Música, em que esta Arte é cultivada em todos os aspectos.
Enfim, não há como definir, com exatidão, quando se formaram as primeiras Colônias Espirituais, desde que a época da origem do Homem no planeta Terra não foi ainda determinada pela Ciência. As diversas colônias existentes, por se encontrarem bem próximas da Terra, sofrem as mesmas influências do planeta.
E não poderia ser de outra forma, uma vez que foram criadas para atendimento a faixas ainda não muito elevadas da Espiritualidade. Há, entretanto, as colônias dos planos superiores, a que só têm acesso Espíritos que atingiram as esferas menos densas. No seu oposto, estão as constituídas por falanges de Espíritos que se dedicam ao Mal e se encontram, ainda, nos planos pavorosos do Mundo Invisível. O Espírito Otília Gonçalves, em Além da Morte, a eles se refere como (. . .) bandos perigosos, sob a direção de mentes cruéis, dificultando a obra de evangelização do mundo.
Essas hostes do Mal, muitas vezes sob o comando de chefes bárbaros, investem, furiosas, contra abnegados missionários que lhes tiram das mãos Espíritos infelizes por eles arregimentados.
No romance mediúnico "Apenas uma Sombra de Mulher", de Fernando do Ó, uma entidade descreve a Colônia Gordemônio situada nas adjacências da Terra, como uma vasta região habitada por Espíritos transviados e malfazejos, solertes na prática do vampirismo, os quais, após a desencarnação, surpreenderam-se impotentes para galgar... (. . .) planos menos tenebrosos e horríveis, em vista do seu atraso moral.
E formam... (...) desde tempos quase imemoriais uma como 'societa sceleris', que tem por esfera de ação essa extravagante, estranha e incrível metrópole do crime, (. . .) organização sui generis que recruta sua população entre infelizes entidades inferiores. A Colônia dispõe de líderes que superintendem todas as frentes de atividade de Gordemônio. Os líderes contam com assessores que, a seu turno, dirigem núcleos mais ou menos numerosos.
Portanto, assim como temos Colônias habitadas por Espíritos benfeitores, somos informados da existência de domínios sombrios, povoados de malfeitores que só pensam em si mesmos ou se comprazem em praticar o Mal. Não é o inferno propalado pelas religiões, pois não há calor nem fogo eternos; uma região criada por Deus com características apropriadas ao pecadores da Terra e aos demônios.
Os Espíritos que aí habitam poderão, em dias, anos ou séculos, libertar-se, por esforço próprio, desse plano deprimente, criado por suas próprias mentes. Sobre o assunto, Allan Kardec nos esclarece na Revista Espírita, no 4, de abril de 1859, no artigo Quadro da Vida Espírita:
Vem a seguir o que se pode chamar de escória do mundo espírita, constituída de todos os Espíritos impuros, cuja preocupação única é o Mal. Sofrem e desejariam que todos sofressem como eles. A inveja lhes torna odiosa toda superioridade; o ódio é a sua essência. Não podendo culpar disso os Espíritos, investem contra os homens, atacando aos que lhe parecem mais fracos.
Excitar as paixões ruins, insuflar a discórdia, separar os amigos, provocar rixas, fazer que os ambiciosos pavoneiem o seu orgulho, para o prazer de abatê-los em seguida, espalhar o erro e a mentira, numa palavra, desviar do Bem, tais são os seus pensamentos dominantes.
Os Espíritos que povoam as regiões inferiores não podem ascender a planos das Altas Esferas; entretanto os Espíritos superiores baixam a planos inferiores para incentivar os Espíritos atrasados a lutar pela sua renovação.
Os Espíritos desencarnados, oriundos de países estrangeiros, também se referem a estações de repouso no Mundo Espiritual, as quais denominam de Colônias e Cidades Espirituais e dão descrições semelhantes às contidas em obras mediúnicas brasileiras. Diversos desencarnados nos têm narrado, em mensagens avulsas, as suas experiências pela faculdade mediúnica de Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco e José Medrado, para esclarecimento e consolo dos que lhe são caros: falam sobre o momento da morte, esclarecem dúvidas, dão notícias de parentes falecidos, descrevem o ambiente em que se encontram e informam sua situação no momento em que se comunicam.
Em A Vida Além do Véu, por exemplo, o Espírito comunicante, entre outros com nomes esquisitos, afirma ao Reverendo George Vale Owen que o Mundo Espiritual é a Terra aperfeiçoada, exatamente como dissera Allan Kardec. Do lado de lá, como no de cá, existem montes, rios, belas florestas e muitas casas; tudo preparado por aqueles que o precederam.
Refere-se, em diversas ocasiões, aos diversos planos da existência, desde os que se encontram próximos da crosta terrestre, como o Umbral, até as altas esferas, onde habitam os Espíritos mais evoluídos. O ponto discordante entre o conteúdo das mensagens que os médiuns ingleses receberam e as recebidas no Brasil é não considerar a reencarnação como fator imprescindível para o evolver do Espírito.
Em suma, como se pode apreender dos ensinamentos e descrições que nos chegam do Outro Mundo, não resta a menor dúvida de que o Mundo Espiritual pouco difere de nosso mundo material. Entretanto, no que diz respeito a volume de obras psicografadas sobre o tema colônias espirituais, encontra-se, na dianteira, o médium Francisco Cândido Xavier.

Texto de Lúcia Loureiro

A Colônia Espiritual Nosso Lar

Na vasta bibliografia mediúnica do médium Francisco Cândido Xavier, a cidade espiritual conhecida como "Nosso Lar" foi a primeira sociedade urbana da Vida Maior retratada com detalhes. Foi no livro do mesmo nome, editado pela Federação Espírita Brasileira, que o Espírito de André Luiz, relatando suas experiências, forneceu descrições pormenorizadas acerca da organização da sociedade comunitária e das edificações que lhe servem de apoio material.
Conta o abnegado médium que se surpreendeu pelo inusitado das revelações e que André Luiz, a fim de que ele desse livre curso aos seus relatos, certa noite, levou-o, em desprendimento espiritual, até a cidade "Nosso Lar" para que se inteirasse da sua existência e conhecesse, pessoalmente, alguns recantos retratados no livro.
Realmente, o citado livro abria campos amplos e novos à indagação daqueles estudiosos que sentissem dificuldades para entender como a vida poderia prosseguir, normalmente e sem saltos, após o desenlace físico.
Difícil imaginar, ante a diversidade aparente das condições de encarnado e desencarnado, que o Espírito pudesse habitar cidades edificadas e organizadas de modo semelhante às expressões terrenas.
Os Espíritos disseram a Allan Kardec que, no mundo espiritual, viviam em "espécies de acampamentos, de campos para se repousar de uma muito longa erraticidade, estado sempre um pouco penoso".
Não se podia, é verdade, dar largas à imaginação para especular acerca do que seriam, realmente, essas espécies de acampamentos, por falta de referências mais claras que induzissem a idealização de comunidades de Espíritos habitando cidades estruturadas em edificações de natureza sólida, sobre terreno fértil à vegetação, e em tudo com estreita semelhança ao que conhecemos na Crosta.
Mas, a partir das informações veiculadas por André Luiz, passado o espanto natural que as revelações causaram, reconheceu-se que não poderia ocorrer de forma diferente.
Habituados, durante muitos séculos, à idealização do Céu e do Inferno, em termos sem correspondência com as expressões humanas, ainda mesmo diante das revelações contidas nas obras da Codificação, nos recusávamos a aceitar o óbvio.
Se o Espírito sobrevivia ao corpo, e provas dessa sobrevivência foram abundantes a partir do surgimento da Doutrina Espírita, e se, por outro lado, os Espíritos nos asseguravam que nos reuniríamos em famílias e em agrupamentos, e que a vida continuava sem grandes mudanças depois da morte física, por que haveria de ser tão discrepante em relação aos moldes da vida terrena?
Pelas recordações da vida espiritual, organizamos a vida terrena, e André Luiz nos mostra que esta é uma cópia imperfeita daquela.
A partir da edição do livro, a cidade "Nosso Lar" ganhou o coração e a imaginação de todos os espíritas, que identificaram nela um modelo alentador das organizações e situações que aguardam o ser humano, após a desencarnação, e — por que não dizer? — um estímulo ao aproveitamento da existência física para conviver, depois, em comunidades idênticas ou melhores.
Se a revelação trazida por André Luiz esperou oitenta e seis anos, após a edição de "O Livro dos Espíritos", agora, quase quarenta anos depois do surgimento do livro Nosso Lar, o Alto nos permite mais algumas informações, ensejando-nos receber, através do trabalho mediúnico de nossa irmã Heigorina Cunha, de Sacramento.
A cidade "Nosso Lar", segundo informações veiculadas por André Luiz, foi fundada por portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no século XVI, a partir de onde se localiza, atualmente, a Governadoria.
Conta que, naquele trato de terra, onde se vêem edifícios de fino lavor e onde se congregam vibrações delicadas e nobres, os fundadores encontraram "as notas primitivas dos selvícolas do país e as construções infantis de suas mentes rudimentares", devendo, à custa de "serviço perseverante, solidariedade fraterna e amor espiritual", conquistá-los e integrá-los para conseguirem seus objetivos.
À época em que se pronunciou o Amigo Espiritual, a cidade contava com cerca de um milhão de habitantes.
Tendo em vista que a cidade se divide segundo as necessidades de sua organização administrativa, permitimo-nos informar, aos que ainda não leram o livro Nosso Lar, que a Governadoria, órgão central, está assessorada pelo trabalho e organização de seis Ministérios, a saber: Ministério da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina, que atuam nas áreas que os próprios nomes definem, sendo, cada Ministério, dirigido por doze Ministros.


Heigorina Cunha- pelos Espíritos André Luiz e Lucius

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CINCO LEMBRETES ANTI-SUICÍDIO


1. A vida não acaba com a morte.
A morte não significa o fim da vida, mas somente uma passagem para uma outra vida: a espiritual.

2. Os problemas não acabam com a morte.
Eles são provas ou expiações, que nos possibilitam a evolução espiritual, quando os enfrentamos com coragem e serenidade. Quem acredita estar escapando dos problemas pela porta do suicídio está somente adiando a situação e complicando ainda mais a sua situação.

3. O sofrimento não acaba com a morte.
O suicídio só faz aumentar o sofrimento. Os espíritos de suicidas que puderam se comunicar conosco descrevem as dores terríveis que tiveram de sofrer, ao adentrar o Mundo Espiritual, devido ao rompimento abrupto dos liames entre o Espírito e o corpo. Para alguns suicidas o desligamento é tão difícil, que eles chegam a sentir seu corpo se decompondo. Além disso, há o remorso por ter transgredido gravemente a lei de Deus, perante a qual suicidar-se equivale a cometer um assassinato.

4. A morte não apaga nossas falhas.
A responsabilidade pelas faltas cometidas é inevitável e intransferível. Elas permanecem em nossa consciência até que a reparemos.

5. A Doutrina Espírita propicia esperança e consolação quando oferece a certeza da continuidade infinita da vida, que é tanto mais feliz quanto melhor suportamos as provas do presente.

Palavras Simples, Verdades Profundas, de Rita Folker

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Nosso Lar - Estréia dia 3 de Setembro

domingo, 15 de agosto de 2010

Credores no Lar

"Honrai vosso pai e vossa mãe..." - Jesus - (Mateus 19:19)


"Honrar a seu pai e sua mãe não consiste apenas em respeitá-los;  é também assistí-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso  na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco na infância."
- Cap. XIV, 3. - Evangelho Segundo o Espiritismo

No devotamento dos pais, todos os filhos são jóias de luz, entretanto, para que compreendas certos antagonismos que te afligem no lar, é preciso saibas que, entre os filhos-companheiros que te apóiam a alma, surgem os filhos-credores, alcançando-te a vida, por instrutores de feição diferente.
Subtraindo-te os choques de caráter negativo, no reencontro, preceitua a eterna bondade da Justiça Divina que a reencarnação funcione, reconduzindo-os à tua presença, através do berço. É por isso que, a princípio, não ombreiam contigo, em casa, como de igual para igual, porquanto reaparecem humildes e pequeninos.
Chegam frágeis e emudecidos, para que lhes ensines a palavra de apaziguamento e brandura.
Não te rogam liquidação de débitos, na intimidade do gabinete, e sim procuram-te o colo para nova fase de entendimento.
Respiram-te o hálito e escoram-te em tuas mãos, instalando-se em teus passos, para a transfiguração do próprio destino.
Embora desarmados, controlam-te os sentimentos.
Não obstante dependerem de ti, alteram-te as decisões com simples olhar.
De doces numes de carinho, passam, com o tempo, à condição de examinadores constantes de tua estrada.
Governam-te os impulsos, fiscalizam-te os gestos, observam-te as companhias e exigem-te as horas.
Reaprendem na escola do mundo com o teu amparo, todavia, à medida que se desenvolvem no conhecimento superior, transformam-se em inspetores intransigentes do teu grau de instrução.
Muitas vezes choras e sofres, tentando adivinhar-lhes os pensamentos para que te percebam os testemunhos de amor.
Calas os próprios sonhos, para que os sonhos deles se realizem.
Apagas-te, a pouco e pouco, para que fuljam em teu lugar.
Recebes todas as dores que te impõem à alma, com sorrisos nos lábios, conquanto te amarfanhem o coração.
E nunca possuis o bastante para abrilhantar-lhes a existência, de vez que tudo lhes dá de ti mesmo, sem faturas de serviço e notas de pagamento.
Quanto te vejas, diante dos filhos crescidos e lúcidos, erguidos à condição de dolorosos problemas de espírito, recorda que eles são credores do passado a te pedirem o resgate de velhas contas.
Busca auxiliá-los e sustentá-los com abnegação e ternura, ainda que isso te custe todos os sacrifícios, porque, no justo instante em que a consciência te afirme tudo haveres efetuado para enriquecê-los de educação e trabalho, dignidade e alegria, terás conquistado em silêncio, o luminoso certificado de tua própria libertação.

Emmanuel - Psicografia de Francisco C. Xavier

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O Instante de Gestação em que ocorre a Reencarnação

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Treino para a Morte

Preocupado com a sobrevivência além-túmulo, você pergunta, espantado, como deveria ser levado a efeito o treinamento de um homem para as surpresas da morte.
A indagação é curiosa e, realmente, dá o que pensar.
Creia, contudo, que, por enquanto, não é muito fácil preparar, tecnicamente, um companheiro à frente da peregrinação infalível.
Os turistas que procedem da Ásia ou da Europa habilitam futuros viajantes com eficiência, por lhes não faltarem os termos analógicos necessários. Mas, nós, desencarnados, esbarramos com obstáculos quase intransponíveis.
A rigor, a Religião deve orientar as realizações do espírito, assim como a Ciência dirige todos os assuntos pertinentes à vida material. Entretanto, a Religião até certo ponto, permanece jungida ao superficialismo do sacerdócio, sem tocar a profundeza da alma.
Importa considerar, também, que a sua consulta, ao invés de ser encaminhada a grandes teólogos da Terra, hoje domiciliados na Espiritualidade, foi endereçado justamente a mim, pobre noticiarista sem méritos para tratar de semelhante inquirição.
Pode acreditar que não obstante achar-me aqui de novo, há quase vinte anos de contado, sinto-me ainda no assombro de um xavante, repentinamente trazido da selva matogrossense para alguma de nossas Universidades, com a obrigação de filiar-se, de inopino, aos mais elevados estudos e às mais complicadas disciplinas.
Em razão disso, não posso reportar-me senão ao meu próprio ponto de vista, com as deficiências do selvagem surpreendido junto à coroa da Civilização.
Preliminarmente, admito deva referir-me aos nossos antigos maus hábitos. A cristalização deles, aqui, é uma praga tiranizante.
Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, Não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros.
Os excitantes largamente ingeridos constituem outra perigosa obsessão. Tenho visto muitas almas de origem aparentemente primorosa, dispostas a trocar o prórpio Céu pelo uísque aristocrático ou pela nossa cachaça brasileira.
Tanto quanto lhe seja possível, evite os abusos do fumo. Infunde pena a angústia dos desencarnados amantes da nicotina.
Não se renda à tentação dos narcóticos. Por mais aflitivas pareçam as crises do estágio no corpo, agüente firme os golpes da luta. As vítimas da cocaína, da morfina e dos barbitúricos demoram-se largo tempo na cela escura da sede e da inércia.
E o sexo? Guarde muito cuidado na preservação do seu equilíbrio emotivo. Temos aqui muita gente boa carregando consigo o inferno rotulado de "amor".
Se você possui algum dinheiro ou detém alguma posse terrestre, não adie doações, caso esteja realmente inclinado a fazê-las. Grandes homens, que admirávamos no mundo pela habilidade e poder com que concretizavam importantes negócios, aparecem, junto de nós, em muitas ocasiões, à maneira de crianças desesperadas por não mais conseguirem manobrar os talões de cheque.
Em família, observe cautela com testamentos. As doenças fulminatórias chegam de assalto, e, se a sua papelada não estiver em ordem, você padecerá muitas humilhações, através de tribunais e cartórios. Sobretudo, não se apegue demasiado aos laços consangüíneos. Ame sua esposa, seus filhos e seus parentes com moderação, na certeza de que, um dia, você estará ausente deles e que, por isso mesmo, agirão quase sempre em desacordo com sua vontade, embora lhes respeitem a memória. Não se esqueça de que, no estado presente da educação terrestre, se alguns afeiçoados lhe registrarem a presença extraterrena depois dos funerais, na certa intimá-lo-ão a descer aos infernos, receando-lhe a volta inoportuna.
Se você já possui o tesouro de uma fé religiosa, viva de acordo com os preceitos que abraça. É horrível a responsabilidade moral de quem já conhece o caminho, sem equilibrar-se dentro dele.
Faça o bem que puder, sem a preocupação de satisfazer a todos. Convença-se de que se você não experimenta simpatia por determinadas criaturas, há muita gente que suporta você com muito esforço. Por essa razão, em qualquer circunstância, conserve o seu nobre sorriso.
Trabalhe sempre, trabalhe sem cessar. O serviço é melhor dissolvente de nossas mágoas.
Ajude-se, através do leal cumprimento de seus deveres.
Quanto ao mais, não se canse nem indague em excesso, porque, com mais tempo ou menos tempo, a morte lhe oferecerá o seu cartão de visita, impondo-lhe ao conhecimento tudo aquilo que, por agora, não lhe posso dizer.

Irmão X no livro: CARTAS E CRÔNICAS - Psicografia de Chico Xavier

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Homossexualidade

A questão 202 de O Livro dos Espíritos afirma: “Quando errante o que prefere o espírito: encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher? Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar”.
Essa colocação da codificação demonstra a existência da bissexualidade psicológica do espírito, o que não identifica uma concordância com a vivência bissexual do ser enquanto encarnado no campo da genitalidade.
Posteriormente, essa postura doutrinária encontraria confirmação nos estudos da psicanálise.
Na Revista Espírita, Allan Kardec assim se expressa quanto às experiências sexuais do espírito em suas diversas encarnações: “É com o mesmo objetivo que os espíritos encarnam Homossexualidade nos diferentes sexos. Aquele que foi homem poderá renascer mulher e aquele que foi mulher poderá renascer homem, a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições e sofrer as provas. (...) Pode acontecer que o espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, fazendo com que, durante muito tempo, possa conservar no estado de espírito o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa”.
Por meio da mediunidade de Chico Xavier, André Luiz assim esclarece: “Na essência, o sexo é a soma das qualidades passivas ou positivas do campo mental do ser. É natural que o espírito acentuadamente feminino se demore séculos e séculos nas linhas evolutivas da mulher e que o espírito marcadamente masculino se detenha por longo tempo nas experiências do homem”.
É essa condição de que o sexo seja mental, como bem esclarece a codificação e as obras secundárias, que pode explicar a questão da homossexualidade. Se o sexo não fosse mental, não haveria razão para a existência de tal condição, já que a morfologia do corpo não se superpõe aos poderes da mente, mas se sujeita às suas ordens. E essa estrutura psicológica na qual se erguem os destinos foi manipulada com os ingredientes do sexo através de milhares de reencarnações, conforme afirma Emmanuel pela psicografia de Chico Xavier.

As Causas Morais:

No campo das causas morais, encontramos aquelas criaturas que abusaram das faculdades genésicas tanto da posição masculina como da feminina, arruinando a vida de outros indivíduos, destruindo uniões e lares diversos. Elas são induzidas a procurar uma nova posição ao reencarnarem, em corpos físicos opostos às suas estruturas psicológicas, a fim de que possam aprender, em regime de prisão, a reajustarem seus próprios sentimentos.
Encontramos também aqueles que persistem nessas práticas por uma busca hedonista, sem maior compromisso com a vida, que reencarnam assim na tentativa de retratarem suas posições em nova chance de resgate. São espíritos rebeldes, pertinazes em seus erros, que encontram na questão da inversão sexual uma oportunidade para o refazimento de suas vidas, na qual a lei divina lhes coloca diante de situações semelhantes ao passado de faltas, cobrando-lhes posturas mais éticas perante si e o outro.

Causas Educacionais:

As causas educacionais podem ser agrupadas em atávicas e atuais. A atávica é resultado de vivências repetitivas dos espíritos em culturas e comunidades onde a prática homossexual seria aceita e até estimulada, como na Grécia antiga e em certas tribos indígenas, ou nas sociedades culturais e religiosas que segregavam ou segregam seus membros, facilitando esse comportamento nas criaturas. Assim, ao reencarnarem em um local onde o homossexualismo não fosse mais aceito como prática livre esbarrariam em sua condição viciosa.
Já dentro das atuais, temos aquelas causas advindas dos defeitos de educação nos lares, onde o comprometimento dos afetos já estaria presente anteriormente, em que as paixões deterioradas do passado tendem a levar pais e parentes ascendentes a estimularem posturas psicológicas e sexuais inversas ao seu estado físico em seus descendentes, sem que necessariamente ocorressem comportamentos ostensivamente incestuosos. Encontramos também os casos de pais contrariados em seus desejos quanto ao sexo do rebento, levando-o a uma condição inversa ao de seu sexo físico ou aqueles dos quais a entidade reencarnante, ao perceber esse desejo inconsciente dos pais, busca se adaptar patologicamente a essa situação durante o processo da gestação.
Outra causa está na presença de segmentos atuais da sociedade e da cultura estimulando esse tipo de conduta, quando uma linguagem mais política e sem qualquer comprometimento ético, através dos vários meios de comunicação de massa, estimula e condiciona as criaturas a acreditarem que essas vivências seriam uma postura natural, dependendo unicamente da escolha realizada pelo indivíduo. Esse posicionamento vai de encontro a uma visão social mais ampla, que continua atribuindo ao homossexualismo uma condição de marginalidade, mantendo um processo de segregação social e associando a ele outras posturas marginalizadas, como o abuso das drogas e a prostituição, agravando ainda mais a situação daqueles que optaram por esse caminho sexual.

Causas Obsessivas:

Entre esse tipo de causa, podemos citar os casos em que parceiros do passado delituoso, em processos homossexuais ou vivências heterossexuais pervertidas, reencontram-se em condição de ódio ou paixão doentia, estimulando uma postura homossexual no encarnado com o objetivo de atender o desencarnado em seus anseios viciosos ou de levar sua vítima para uma situação constrangedora e de intenso sofrimento.
Esses desencarnados poderiam estar em uma condição mental de homossexualidade ou não, induzindo o encarnado em um projeto de total desestruturação íntima e social.
O processo obsessivo não precisa necessariamente ter sua origem em uma encarnação anterior. Ocorre que, nos casos de uma obsessão atual, os parceiros da vivência patológica participam de opções de vida viciosas, onde geralmente o encarnado invigilante busca posições mentais sexualmente pervertidas ou locais nos quais esses comportamentos são socialmente aceitos, condicionando-se a essas práticas.
Outra situação possível, oriunda de um processo obsessivo, seria aquela na qual um espírito obsediando um encarnado em posição sexual inversa à sua enfermado por uma interação intensa e duradoura, passa a sentir prazer sexual semelhante à sua vítima, pervertendo-se nesse campo e se condicionando a uma vivência homossexual em uma próxima encarnação.
Nesses casos, a situação obsessiva teria existido em uma encarnação anterior e a homossexualidade seria a desdita daquele que teria sido o algoz naquela vivência.
Seria o famoso caso em que “o tiro saiu pela culatra”.

Texto publicado por Sérgio Ribeiro, do Blog O Eremita Espírita:

http://oeremitaespirita.blogspot.com/

terça-feira, 27 de julho de 2010

Deus sabe tudo

Há momentos muito difíceis, que parecem insuperáveis, enriquecidos de problemas e dores que se prolongam, intermináveis, ignorados pelos mais próximos afetos, mas que Deus sabe.

Muitas vezes te sentirás à borda de precipícios profundos, em desespero, e por todos abandonado. No entanto, não te encontrarás a sós, porque, no teu suplício, Deus sabe o que te acontece.

Injustiçado, e sob o estigma de calúnias destruidoras, quando, experimentando incomum angústia, estás a ponto de desertar da luta, confia mais um pouco, e espera, porque Deus sabe a razão do que te ocorre.

Vitimado por cruel surpresa do destino, que te impossibilita levar adiante os planos bem formulados, não te rebeles, entregando-te à desesperação, porque Deus sabe que assim é melhor para ti.

Crucificado nas traves ocultas de enfermidade pertinaz, cuja causa ninguém detecta, a fim de minimizar-lhe as conseqüências, ora e aguarda ainda um pouco, porque Deus sabe que ela vem para tua felicidade.

Deus sabe tudo!

Basta que te deixes conduzir por Ele, e sintonizado com a Sua misericórdia e sabedoria, busca realizar o melhor, assinalando o teu caminho com as pegadas de luz, características de quem se entregou a Deus e em Deus progride.

Pelo espírito de Joanna de Angelis -picografado por Divaldo Pereira Franco.

domingo, 18 de julho de 2010

A Oração

A oração não suprime, de imediato, os quadros da provação, mas renova-nos o espírito, a fim de que venhamos a sublimá-los ou removê-los.
Repara o caminho que a névoa amortalha, quando a noite escura te distancia do Sol. Em cima, nuvens extensas furtam-te aos olhos o painel das estrelas, e embaixo, espinheiros e precipícios ameaçam-te os pés.
Debalde consultarás a bússola que a treva densa embacia. Se avanças, é possível te arrojes na lama de covas escancaradas; se paras, é provável padeças o assalto de traiçoeiros animais...
Faze, porém, pequenina luz, e tudo se modifica.
O charco não perde a feição de pântano e a pedra mantém-se por desafio que te adverte na estrada; entretanto, podendo ver, surgirás, transformado e seguro, para seguir à frente, vencendo as armadilhas da sombra e as aperturas da marcha.
Assim, também, é a oração nos trilhos da experiência.
Quando a dor te entenebrece os horizontes da alma, subtraindo-te a serenidade e a alegria, tudo parece escuridão envolvente e derrota irremediável, induzindo-te ao desânimo e insuflando-te o desespero; todavia se acendes no coração leve flama da prece, fios imponderáveis de confiança ligam-te o ser à Providência Divina.
Exteriormente, em torno, o sofrimento não se desfaz da catadura sombria; a morte, ainda e sempre, é o véu de dolorosa separação; a prova é o mesmo teste inquietante e o golpe da expiação continua sendo a luta difícil e inevitável, mas estarás, em ti próprio, plenamente refeito, no imo das próprias forças, com a visão espiritual iluminada por dentro, a fim de que compreendas, acima das tuas dores, o plano sábio da vida, que te ergue dos labirintos do mundo à bênção do amor de Deus.

Emmanuel -Psicografia de Francisco Cândido Xavier

domingo, 11 de julho de 2010

Aborto é Crime

"O Espiritismo não cria a renovação social; a madureza da Humanidade
é que fará dessa renovação uma necessidade"
Allan Kardec, A Gênese, l868.


Nessa época, em que os conceitos sociais, morais, filosóficos e religiosos são postos em dúvidas e contestados, entra o homem moderno em uma frenética e indiscriminada "crise de reformas", visando aliviar suas tensões íntimas, buscando uma pretensa liberdade de conduta, rompendo com o passado e buscando um futuro sem dramas de consciência.

O alvo de extrema importância, ABORTO,  já começa novamente a ser discutido pelos políticos, comunicadores e pelo povo.

Há por isso, necessidade de estudar o assunto com a maior profundidade possível, a fim de nos posicionarmos diante do problema.

Na pergunta de nº 358 do Livro dos Espíritos, Allan Kardec questiona os espíritos: "O aborto voluntário é um crime qualquer que seja a época da concepção? E a resposta é clara e contundente
"Há sempre crime quando se transgride as Leis de Deus"

A destruição da vida humana, seja qual for o estado em que a mesma estiver, deve ser encarada sempre como um crime, salvo as exceções obrigatória.

Os abortamentos uterinos são classificados em dois tipos, os chamados espontâneos e os induzidos ou provocados. No espontâneo, há a eliminação natural do conteúdo uterino e no provocado, há retirada forçada do produto da concepção

Quais as causas do abortamento espontâneas?
R - Podem ser orgânicos, psíquicas e espirituais.

Causas orgânicas - Devem considerar os aspectos materno e ovular. As doenças físicas maternas impedem, muitas vezes, de haver implantação e desenvolvimento normal do embrião.

Aspectos Psicológicos - São os diferentes distúrbios mentais. Os embates emocionais, conflitos intensos (rejeição à gravidez, problema familiares graves) podem produzir profundas alterações no mecanismo fisiológico, que impediria o crescimento normal do feto, expulsando, como conseqüência , o espírito reencarnante.

Por outro lado, o desejo de gravidez pode dar origem a uma gestação sem a presença da entidade espiritual,neste caso, o abortamento ocorre pela falta de diretriz na formação e desenvolvimento do feto.
Problemas Espirituais - Nas causas espirituais, englobamos os pais, o espírito reencarnante e os espíritos que os cercam negativamente.

Ocorre em certos casos, processo obsessivos que interrompem a evolução fisiológica da gestão.
Em determinadas reencarnações por judicioso períodos, representa também um medida necessárias de afastamento temporário do ambiente em que se encontrava o espírito.

Causas de abortamento, estão ligado aos intensos colisões mentais desequilibrados entre os pais e o espírito, sucumbindo aos fortes sentimentos de desarmonia.

ABORTOS PROVOCADOS
O mais freqüente, no entanto, recai sobre a futura "mãe solteira", que provoca o aborto para não enfrentar a rígida moral ou religião familiar ou da sociedade em que vive.
Muitas vezes, impulsionada por verdadeiro pavor e desespero, prefere sacrificar um vida que se lhe desenvolve no corpo, a suportar a rejeição, a gozação e o abandono a que é submetida.
Outro fator que ocorre é a gestante que é pressionada pelo parceiro sexual e acaba abortando. O medo de decepcionar, o desejo de manter a imagem de pureza moral que cultivam.

SENTIMENTO DE CULPA
Nos abortos espontâneos, são os traumas psicológicos gerados pela frustração da gestação interrompida, ou pelo remorso se a gravidez não era desejada.
Nos provocados, as reações são extremamente graves, nos seus aspectos psico-físicos, espirituais, espirituais, sociais e mesmo legais.
Psiquicamente, pelo sentimento de culpa, há sempre reflexos importantes, desde o gelo sexual até graves loucura, desestruturando-se a própria pessoa e a constituição familiar.

O conceito e os tipos, as causas do abortamento, mesmo analisado superficialmente, há necessidade de reflexão destes conhecimento com baseados na leis reencarnatórias, de causa e efeitos, na lei do Amor.

Partindo do princípio de que qualquer gestação é de inteira responsabilidade do casal e não só da mulher. Qualquer abortamento que não seja espontâneo ou para salvar a vida da mãe é considerado assassinato daquele que começa a trajetória terrestre, com sublime direito à vida.

Este atentado contra a vida na maioria das vezes, essa violenta frustração gera ódio e revolta, que se estende por longos períodos, conduzindo os processos obsessivos de difíceis soluções.

Certas reencarnações, preparadas e programadas para importantes tarefas de ordem social, são subitamente cortada pelos exercícios abortivos, elevando grandemente a responsabilidade assumida pelos que a praticam, há o reajuste com a entidade planejava reencarnar.

Esta mulher que rejeitou seu filho, pode vir numa outra encarnação com o anseio maternal extremante exacerbado, desejando ardentemente ser mãe, sem que este seu ideal possa ser satisfeitos. Ou pode vir ser o Espírito que aguarda sua oportunidade de resgate, mas cuja expectativa de encarnação se vê frustrada porque sua futura mãe nega-lhe o ensejo pela prática de um aborto.

Mudemos nossos conceitos em relação à mãe solteira, compreendendo-o e dando-lhe apoio familiar e social para que ela não tenha nem medo nem dúvidas em relação a seu filho que está por vir.

Para combater realmente o mal pela raiz, devemos voltar nossa atenção para a correta educação sexual das pessoas, principalmente dos jovens, mostrando a responsabilidade quanto aos compromissos assumidos numa relação sexual, tanto no aspecto afetivo, quanto no espiritual, incluindo a eventualidade de uma gravidez não programada.

Despertemos as consciências para o verdadeiro amor, e não teremos mais necessidade de " legalizar" o abortamento, pois não haverá abortamentos, porque implantaremos a renovação social pela maturação da Humanidade.

Texto de Gilmar Alves Barbosa

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A LÍNGUA

Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes do destino das criaturas,:
Ponderada – favorece o juízo.
Leviana – descortina a imprudência.
Alegre – espalha otimismo.
Triste – semeia desânimo.
Generosa – abre caminho à elevação.
Maledicente – cava despenhadeiros.
Gentil – provoca reconhecimento.
Atrevida – traz a perturbação.
Serena – produz calma.
Fervorosa – impõe a confiança.
Descrente – invoca a frieza.
Bondosa – ajuda sempre.
Cruel - fere implacável.
Sábia – ensina .
Ignorante – complica.
Nobre – tece o respeito.
Sarcástica – improvisa o desprezo.
Educada – auxilia a todos.
Inconsciente – gera amargura.
Por isso mesmo, exorta Jesus:-
“ Não procures o arqueiro nos olhos do teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”.
A língua é bússola de nossa alma, enquanto nos demoramos na Terra.
Conduzamo-la na romagem do mundo para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que abre as portas do nosso coração às fontes luminosas da vida ou às correntes escuras da morte.

André Luiz - Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tudo que você faz

Você corre, almoça, trabalha, canta, chora, ama.
Você sorri, mas nunca me chama.
Você se entristece mas depois se acalma, mas nunca me agradece.
Você caminha, sobe e desce escadas, e nunca se preocupa comigo.
Você tem tudo e não me dá nada.

Você sente amor, ódio, medo, alegria, sente tudo, menos a minha presença.
Você tem os sentidos perfeitos, mas nunca os usa por mim.
Você estuda e não me entende, ganha e não me ajuda, canta e não me alegra.
Você é tão inteligente e não sabe nada de mim.

Você reclama dos maus tratos, mas não valoriza o que eu faço por voçê.
Se você está triste, me culpa por isto, mas se está alegre, não me deixa participar de sua felicidade.
Você conhece tanta gente importante, mas não conhece a mim que o considera tão importante.
Você faz o que os outros ordenam, mas não faz o que eu lhe peço com humildade.
Se você não subiu na vida, descarrega sobre mim toda sua ira,
mas se você é importante pisa nos meus favorecidos.

Você quebra tantos galhos, mas não tira um espinho da minha testa.
Você entende todoas as transações do mundo, mas não entende minha mensagem.
Você reclama tanto da vida, mas não sabe o quanto a minha fica triste por sua causa.
Você baixa os olhos quando um superior lhe fala,
mas não levanta esses mesmos olhos quando lhe falo do meu amor.

Você fala as pessoas e não sabe que conheço toda sua vida.
Você enfrenta muitos obstáculos na vida, é forte, mas que pena,
embora não admita sei que você tem medo de mim.
Você defende seu time, seu ator, mas não me defende no meio de seus amigos.

Você corre com seu carro, mas nunca corre para meus braços.
Você não sente vergonha ao se despir perante alguém,
mas sente vergonha ao tirar sua máscara diante de mim.
Você costuma "às vezes", falar do que fiz,
mas nunca me deu oportunidade de falar o que você fez.
Você é um corpo no mundo, e eu sou um mundo em seu corpo.

Eu sou alguém que todos os dias, bate à sua porta e pergunta:
"Tem lugar pra mim na sua casa, na sua vida, no seu coração?
Eu estou presente nestas linhas que você por curiosidade começou a ler.
EU SOU JESUS!
Quero apenas que você me aceite como amigo!
Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém chegará ao PAI se não chegar a mim antes.

Texto Anônimo

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A Grande Pergunta

Solicitando Bartolomeu esclarecimentos quantos às respostas do Alto às súplicas dos homens, respondeu Jesus para elucidação geral:

- Antigo instrutor dos mandamentos Divinos ia em missão da Verdade Celeste, de uma aldeia para outra, profundamente distanciadas entre si, fazendo-se acompanhar de um cão amigo, quando anoiteceu, sem que lhe fosse possível prever o número de milhas que o separavam do destino.

Reparando que a solidão em plena natureza era medonha, orou, implorando a proteção do eterno Pai, e seguiu.

Noite fechada e sem luar, percebeu a existência de larga e confortadora cova à, margem da trilha em que avançava, e acariciando o animal que o seguia, vigilante, dispôs-se a deitar-se e dormir. Começou a instalar-se, pacientemente, mas espessa nuvem de moscas vorazes o atacou, de chofre, obrigando-o a retomar o caminho.

O ancião continuou a jornada, quando se lhe deparou volumoso riacho, num trecho em que a estrada se bifurcava. Ponte rústica oferecia passagem pela via principal, e, além dela, a terra parecia sedutora, porque, mesmo envolvida na sombra noturna, semelhava-se a extenso lençol branco.

O santo pregador pretendia ganhar a outra margem, arrastando o companheiro obediente, quando a ponte se desligou das bases, estalando e abatendo-se por inteiro.

Sem recursos, agora, para a travessia, o velhinho seguiu pelo outro rumo, e, encontrando robusta árvore, ramalhosa e acolhedora, pensou em abrigar-se, convenientemente, porque o firmamento anunciava a tempestade pelos trovões longínquos. O vegetal respeitável oferecia asilo fascinante e seguro no próprio tronco aberto. Dispunha-se ao refúgio, mas a ventania começou a soprar tão forte que o tronco vigoroso caiu, partido, sem remissão.

Exposto então a chuva, o peregrino movimentou-se para diante.

Depois de aproximadamente 2 milhas, encontrou um casebre rural, mostrando doce luz por dentro, e suspirou aliviado.

Bateu à porta. O homem ríspido que veio atender foi claro na negativa, alegando que o sítio não recebia visitas à noite e que não lhe era permitido acolher pessoas estranhas.

Por mais que chorasse e rogasse, o pregador foi constrangido a seguir além.

Acomodou-se, como pôde, debaixo do temporal, nas cercanias da casinhola campestre; no entanto, a breve espaço, notou que o cão, aterrado pelos relâmpagos sucessivos, fugia a uivar, perdendo-se nas trevas.

O velho, agora sozinho, chorou angustiado, acreditando-se esquecido por Deus e passou a noite ao relento. Alta madrugada, ouviu gritos e palavrões indistintos, sem poder precisar de onde partiam.

Intrigado, esperou o alvorecer e, quando o sol ressurgiu resplandecente, ausentou-se do esconderijo, vindo a saber, por intermédio de camponeses aflitos, que uma quadrilha de ladrões pilhara a choupana onde lhe fora negado o asilo, assassinando os moradores.

Repentina luz espiritual aflorou-lhe na mente.

Compreendeu que a Bondade Divina o livrara dos malfeitores e que, afastando dele o cão que uivava, garantira-lhe a tranqüilidade do pouso.

Informando-se de que seguia em trilho oposto à localidade do destino, empreendeu a marcha de regresso, para retificar a viagem, e, junto à ponte rompida, foi esclarecido por um lavrador de que a terra branca, do outro lado, não passava de pântano traiçoeiro, em que muitos viajores imprevidentes haviam sucumbido.

O velho agradeceu o salvamento que o Pai lhe enviara e, quando alcançou a arvore tombada, um rapazinho observou-lhe que o tronco, dantes acolhedor, era conhecido covil de lobos.

Muito grato ao Senhor que tão milagrosamente o ajudara, procurou a cova onde tentara repouso e nela encontrou um ninho de perigosas serpentes.

Endereçando infinito reconhecimento ao Céu pelas expressões de variado socorro que não soubera entender, de pronto, prosseguiu adiante, são e salvo, para desempenho de sua tarefa.

Neste ponto da curiosa narrativa, o Mestre fitou Bartolomeu demoradamente e terminou:

- O Pai ouve sempre as nossas rogativas, mas é preciso discernimento para compreender as respostas dEle e aproveitá-las.

Neio Lúcio, da obra Jesus no Lar. Psicografada por Chico Xavier

quarta-feira, 16 de junho de 2010

POSITIVIDADE - SINTONIZAÇÃO COLETIVA

Nosso planeta passa por uma crise sem precedentes.
Muitas catástrofes estão acontecendo.
E outras virão.
Jamais uma época teve tão duras provas a enfrentar quanto esta em que vivemos.
Muitas iniciativas estão sendo tomadas para amenizar a situação atual.
Apesar disso, nem todas as pessoas podem fazer tudo aquilo que desejariam, pois, cada vez mais, a vida exige sérios compromissos de todos.
Compromissos que, por vezes, tomam todo o tempo daqueles que gostariam de poder contribuir e ajudar a humanidade nesta época tão dramática pela qual passamos.
Para compensar a falta de tempo na qual todos estão submersos, alguns grupos de pessoas preocupadas com os rumos do planete, tiveram a excelente idéia de sincronizar suas meditações por cinco minutos, num horário comum, que permita à maioria das pessoas se interligarem, formando uma corrente mental.
Mas para que esse horário? Para que todos possam ter a oportunidade de, mesmo sem tempo, ajudar, de alguma forma.
A iniciativa consiste no seguinte: todos os dias, das 23h00min às 23h05min, milhares de pessoas estarão enviando suas vibrações positivas ao planeta.
Não importa se você é católico, umbandista, candomblista, batista, messiânico, espírita, budista, hinduísta, agnóstico, ateu, judeu, teosofista, gnóstico, confucionista, adventista, espiritualista, etc.
Enviar vibrações positivas nada mais é do que visualizar o planeta com harmonia, paz e amor, vibrando positivamente ou mentalizando o planeta sendo envolvido por energias benéficas com cores vibrantes, tais como o branco, o dourado e o violeta (que são os mais usados).
Mas também podemos mentalizar o planeta e irradiar luz e paz como se estivéssemos fora do planeta.
Se você não acredita que seja possível enviar vibrações positivas ao planeta e aos seres humanos, não precisa abster-se destemomento.
Poderá aguardar o período de 23h00min as 23h05min para, simplesmente, refletir sobre possíveis soluções para os problemas atuais.
Simbolicamente, saberá que milhares de pessoas estão fazendo o mesmo, apenas o fazem de forma diferente.
O importante é a união dos pensamentos de todos, sabendo que estamos iniciando um primeiro esforço no
sentido de tornarmo-nos atentos e abertos aos problemas e dificuldades que assolam nosso planeta.

Horário para a vibração: De 23:00h às 23:05h.  Todos os dias.

"A Terra não pertence ao homem; o homem é que a ela pertence.
Disto nós sabemos. Todas as coisas estão interligadas, como os laços que unem uma família.
O que acontecer com a Terra acontecerá conosco.
O homem não teceu a teia da vida cósmica, ele é um fio da mesma.
O que ele fizer para a Terra estará fazendo a si próprio".

AOS QUE CREEM, POR FAVOR PASSEM PARA SEUS CONTATOS...

P.S.: Se quiser e puder, mande esta mensagem para o maior número de pessoas possível.
Quanto maior o número melhor para o Planeta.
A união faz a força.
Lembre-se disso.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O que temos?

Na visão tantas vezes pessimista, do homem, ele se esquece de que tem multiplicadas razões para ser infinitamente grato a Deus.
Foi certamente reflexionando a respeito das tantas bênçãos de que dispõe, que alguém elaborou uma prece, mais ou menos nos seguintes termos:
"Eu agradeço a Deus...
Pelos impostos que pagas, porque isso significa que que tens um emprego.
Muitos desejariam estar em teu lugar e não se importariam nem um pouco em ter tal desconto em seu salário, porque isso significaria que eles tinham um salário.
Agradeças a Deus pela confusão que tens que limpar após uma festa, porque isso significa que estivestes rodeado de amigos, e que mesmo num mundo onde tantos afirmam não ter tempo, eles têm tempo para te visitar no teu aniversário, na tua formatura, na comemoração de um sucesso em tua carreira ou simplesmente em um dia sem maiores significados.
Agradeças por tua sombra que te segue, porque isso significa que andas ao sol.
Pelas paredes que precisam ser pintadas, pela lâmpada que necessita ser trocada, pela torneira que vaza, pelo ladrilho quebrado, porque isso significa que possues uma moradia..
Por todas as críticas que fazes às coisas que não te satisfazem, porque isso significa que tens a possibilidade de análise e discernimento para melhorar alguma coisa.
E sejas igualmente grato por viveres num país onde podes observar tantos problemas e que podes bradar aos quatro ventos sobre isso, pois isso significa que vives em um país onde gozas da liberdade de expressão.
Pelo único lugar para estacionar que encontras bem ao fundo do estacionamento, porque isso significa que além de ter a felicidade de poder andar, tens ainda a ventura de ter um meio de transporte.
Pela música que toca desafinadamente atrás de ti, porque isso significa que podes ouvir.
Pelo cansaço e os músculos doloridos que sentes ao final do dia, porque isso significa que tens saúde para trabalhar.
Pelo despertador que toca às primeiras horas da manhã, quando ainda te encontras sonolento e gostarias de permanecer dormindo mais um pouco, porque isso quer dizer que merecestes a bênção de acordar no corpo outra vez.
Por todos os Emails que recebes diariamente, pois isso significa que tens amigos que pensam em ti, mesmo que por poucos minutos, diante de uma tela de computador.
Diante do prato de comida que tens na mesa, não reclames da sua singeleza ou da reprise de todos os dias. Lembra que bem próximo de ti, alguém desejaria intensamente ter um pedaço de pão para saciar a fome.
Diante da ausência do refrigerante ou suco de tua predileção no restaurante em que te encontras, não reclames. Pensa em quantos, no mundo, morrem por ausência de um pouco de água que lhes mantenha a vida.
Diante do congestionamento de trânsito que te detém na rua ou na rodovia, não reclames. Pensa em quantos gostariam de deter o passo um pouco, para descansar, mas não o podem fazer, porque necessitam vencer grandes distâncias a pé, para chegar ao posto de socorro mais próximo.
E diante da ausência de qualquer coisa que desejes pensa, antes de reclamar, em tudo de que já dispões e que te beneficia com conforto, alegrias e sucessos.
E, em nome da caridade, recorda-te de orar por todos aqueles que não desfrutam dessas mesmas oportunidades.
Por fim... Obrigado meu Deus pela minha vida cheia de problemas, porque eles me farão ter certeza de que eu sou capaz de resolver cada um e, da melhor maneira."


Texto produzido pela Equipe de Redação do Momento Espírita